Notícia

Head Topics (Indonésia)

Epidemiologista defende que a vacina chegue a 80% do país

Publicado em 21 dezembro 2020

Pedro Hallal afirma que a alta porcentagem pode garantir a chamada “imunidade de rebanho” e cessar a circulação do coronavírus

Para que o país atinja a imunidade coletiva, pelo menos 80% da população devem ser imunizadas contra o coronavírus. Na visão do epidemiologistaPedro Hallal, esse índice tem a ver com o grau de eficácia das vacinas que estão atualmente na lista de aplicação no

Brasil.“A imunidade coletiva é atingida com mais ou menos 70% da população com anticorpos. Se a gente tem uma vacina e ela não tem eficácia de 100%, então tu tem que vacinar mais ou menos 80% da população para garantir que pelo menos 70% desenvolvam anticorpos e, assim, cesse praticamente a circulação do vírus”, explica Hallal.

Enquanto o plano nacional de vacinação não é colocado em prática e em meio a temores de uma segunda onda da Covid-19, o epidemiologista enfatiza que os cuidados tomados no início da pandemia devem ser mantidos.“Mesmos cuidados iniciais, sem “baixar a guarda” – máscara, distanciamento, higienização, proibição de aglomerações com dez ou mais pessoas, etc. E sempre lembrando que é essencial testagem em larga escala e rastreamento de contactantes, algo que dizemos desde o começo da pandemia e que nunca foi implementado no Brasil”, alerta.

Pedro Hallal é reitor da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), no Rio Grande do Sul, e responsável pela coordenação da Epicovid – pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da (Ufpel), que investiga os números de infectados pela Covid-19 e o comportamento do vírus na população.

Saiba logo no início da manhã as notícias mais importantes sobre a pandemia do coronavirus e seus desdobramentos.Inscreva-se aquipara receber a nossa newsletterAceito receber ofertas produtos e serviços do Grupo Abril.Cadastro efetuado com sucesso!

Você receberá nossas newsletters pela manhã de segunda a sexta-feira.O estudo, inicialmente financiado pelo Ministério da Saúde, foi interrompido por aproximadamente dois meses depois da decisão do governo de cessar o aporte financeiro.

Após essa pausa, os pesquisadores envolvidos na Epicovid retomaram os trabalhos depois de conseguirem recursos para realizar a quarta fase da pesquisa. Agora, planejam entrar na quinta etapa em janeiro, sob a liderança da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Como a coluna mostrou em julho