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Enzima de fungo que evita sistema imunológico e facilita infecção: saiba mais (11 notícias)

Publicado em 22 de janeiro de 2025

A aspergilose pulmonar invasiva ocorre quando os esporos ou conídios lançados no ar por fungos do gênero Aspergilus atingem as vias respiratórias de pessoas com o sistema imunológico comprometido. A infecção resultante apresenta poucas opções de tratamento, com uma taxa de mortalidade de até 90% quando causada pela Aspergillus fumigatus.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) realizaram um estudo comparativo das proteínas presentes na superfície dos conídios de A. fumigatus em relação a outras espécies semelhantes que não são patogênicas. O estudo identificou 62 proteínas exclusivas de A. fumigatus, incluindo a glicosilasparaginase, que tem a capacidade de inibir as defesas do sistema imune.

Essa descoberta foi publicada na revista Nature Microbiology e liderada por pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP. A glicosilasparaginase, ao modular a produção de citocinas inflamatórias, pode ajudar o fungo a iniciar e consolidar a infecção, evidenciando seu papel na virulência do patógeno.

Outros estudos realizados pelo grupo analisaram as proteínas presentes nos conídios de diversas espécies de Aspergillus, buscando compreender como os fungos se tornam mais virulentos e identificar potenciais alvos para o desenvolvimento de medicamentos. A pesquisa ressaltou a importância de uma abordagem mais ampla da virulência fúngica, incluindo espécies consideradas não patogênicas.

Esses estudos contaram com o apoio da FAPESP e dos National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos , demonstrando a relevância da pesquisa científica internacional na área da micologia. Os resultados obtidos fornecem insights valiosos para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas e preventivas contra infecções fúngicas.

Informações da Agência FAPESP