O Bridge Building Award é um prêmio concedido pela American Ceramic Society que destaca cientistas com intensa atividade de pesquisa baseada na associação entre universidades e institutos de pesquisa de diversos países. José Arana Varela, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo (CTA) da Fapesp e professor do Instituto de Química (IQ) da Unesp de Araraquara, é o primeiro brasileiro a receber essa distinção.
O pesquisador recebeu a homenagem durante a 38ª edição da International Conference and Exposition on Advanced Ceramics and Composites, entre 26 e 31 de janeiro, em Daytona Beach, Flórida (EUA).
“A pesquisa colaborativa permite à ciência e à tecnologia dar respostas mais eficazes a alguns dos principais desafios para a sustentabilidade do planeta: a preservação ambiental, a expansão da oferta de energia e a redução das emissões”, justifica Varela. “E muitas dessas soluções estão no desenvolvimento de novos materiais.”
A colaboração e a investigação de novos materiais são pautas centrais do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da Fapesp, com sede na Unesp em Araraquara, no qual Varela atua como pesquisador. “Nosso conhecimento fundamental sobre óxidos semicondutores foi substancialmente ampliado por meio da crescente colaboração com cientistas de todo o mundo”, diz.
Ele lidera a equipe de pesquisa do IQ, um dos grupos mais ativos na investigação de óxidos semicondutores, sensores nanoestruturados, entre outros, que integram o Cepid. Em parceria com pesquisadores do Departamento de Ciência e Engenharia de Materiais do Massachusetts Institute of Technology (MIT), por exemplo, o grupo coordenado por Varela desenvolveu um material à base de óxido de estanho (SnO) com capacidade de detectar dióxido de nitrogênio (NO2) muito maior do que os sensores químicos atualmente utilizados para identificar esse tipo de gás altamente tóxico.
Agência Fapesp