O guia Época NEGÓCIOS 360º é fruto de parceria técnica com a Fundação Dom Cabral – que participou da formulação da metodologia, fez a pesquisa de campo e o processamento final das informações. Tivemos a colaboração da economatica, para dados e rankings de companhias abertas, da Boa Vista Serviços, na pesquisa de balanços, da Aberje, na comunicação com as empresas e da Apimec, nos subsídios para avaliação das empresas com ações em bolsa.
Apresentamos cinco rankings principais. o primeiro deles é o 360º, pelo qual listamos as 200 melhores entre grandes empresas depois da avaliação em seis dimensões da gestão: desempenho financeiro, governança corporativa, recursos humanos, inovação, visão de futuro e responsabilidade socioambiental. A partir dele, agrupamos as empresas em 26 setores. Das campeãs dos setores saiu a empresa do ano. escolhemos, ainda, seis campeãs em cada uma das dimensões. E listamos as melhores por: região do país, origem de capital (privado nacional, estatal e estrangeiro) e tipo de capital (companhias com e sem ações embolsa).
Em seguida, apresentamos os rankings das 500 maiores companhias no Brasil por receita líquida, com dados financeiros e gerenciais; dos 100 maiores bancos por ativos totais; das 50 maiores seguradoras por prêmios emitidos líquidos; e das 100 maiores companhias abertas por valor de mercado. Os rankings e os critérios do 360ºedas 500 maiores empresas estão detalhados a seguir.
O ranking 360°
A avaliação em seis dimensões foi feita com base em questionário enviado às empresas.
a Fundação Dom Cabral selecionou as maiores do país por receita líquida e entrou em contato
com elas, convidando-as a participar da pesquisa. Entre elas estavam também bancos e seguradoras.
Às 500 que responderam positivamente, pediu que indicassem uma pessoa dos seus quadros capaz de centralizar o recebimento, a distribuição para áreas específicas e o preenchimento
dos questionários disponíveis online. Todo o processo foi feito pela internet, com controles para
garantir segurança e sigilo dos dados. os seis questionários tinham como conteúdo, resumidamente:
1. Desempenho financeiro
Índices calculados a partir dos principais dados de balanço e fornecidos, no caso de companhias
com ações em bolsa, pela economatica. nos outros casos, foram obtidos em balanços publicados ou nos formulários específicos enviados pelas empresas. A partir daí foram calculados índices para determinar a pontuação de cada empresa, banco ou seguradora.
2. Governança corporativa
Informações sobre a composição e atuação dos principais conselhos, a forma de comunicação com vários públicos, o cumprimento de exigências legais e conduta nos negócios.
3. Inovação
Quanto e como investe em inovação, qual a estrutura formal, quais as metodologias, processos e métricas.
4. Visão de futuro
Os principais fatores considerados pela empresa no planejamento estratégico – como os financeiros, ambientais e sociais – e as ferramentas, os cenários e os métodos de gestão.
5. Práticas de RH
Como a empresa forma seus quadros – do recrutamento, seleçãoediversidade aosprogramas de treinamento e educação. possibilidades de carreira, feedback, ascensão e outras formas de reter talentos. o cuidado com itens como saúde e segurança no trabalho.
6. Responsabilidade socioambiental
Os cuidados tomados pela empresa para evitar ou diminuir os riscos que suas atividades possam provocar ao ambiente, como geração de resíduos, emissão de gases de efeito estufa, desperdício de recursos naturais – nos processos internos e em todo o ciclo de
vida útil dos produtos. as atitudes e ações em relação a questões sociais – como a inclusão e ascensão de pessoas de renda mais baixa. as certificações obtidas e os pactos e protocolos seguidos.
A formação do ranking
Para a pontuação em cada um desses questionários foi usado o método de desvio-padrão (quanto acima ou abaixo a empresa fica em relação à média na questão). A classificação geral foi dada pela soma total dos pontos nas seis dimensões – sendo que a nota em desempenho
financeiro foi multiplicada por 1,67.
No final, classificaram-se 200 empresas agrupadas em 26 setores e, de acordo com a pontuação, foi escolhida uma campeã para cada um deles. Uma dessas campeãs – no caso
desta edição, a Natura – foi eleita empresa do ano.
Foram destacadas, ainda, aquelas que obtiveram o maior número de pontos em cada uma das seis dimensões da pesquisa – as campeãs das dimensões.
Antes de concorrer ao título de empresa do ano, as campeãs setoriais passaram pelo crivo de uma pesquisa da redação de Época NEGÓCIOS sobre o relacionamento delas com seus principais públicos – clientes, fornecedores, investidores, funcionários, comunidades em que estão presentes (os stakeholders).
Opiniões a respeito da percepção que o público tem delas foram colhidas em pesquisa no site da revista. As informações dessas pesquisas foram levadas a um júri formado por David Cohen, diretor de redação de Época NEGÓCIOS, Mozart Pereira, da Fundação Dom Cabral, e por um conselho de notáveis – especialistas nos assuntos de cada dimensão, que já haviam contribuído na preparação dos questionários.
O conselho de notáveis foi composto por:
>> Keyler Carvalho Rocha, professor da FEA-USP (desempenho financeiro);
>> Gilberto Mifano, ex-presidente da BM&FBovespa e do IBGC (governança corporativa);
>> Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp (inovação);
>> Oscar Motomura, CEO da Amana-Key (visão de futuro);
>> Luiz Carlos Cabrera, da FGV (práticas de RH);
>> Ricardo Young, conselheiro e ex-presidente do Instituto Ethos (responsabilidade socioambiental).
Os jurados se reuniram na sede da Editora Globo, em São Paulo, já com conhecimento das respostas dadas pelas campeãs setoriais aos questionários. Receberam, durante a reunião, o resultado da pesquisa feita pela redação sobre os stakeholders e pelo site de Época NEGÓCIOS com o público.
A cada jurado foi permitido distribuir um certo número de pontos entre três empresas de sua escolha. Essa bonificação foi somada aos pontos da pesquisa. O resultado final colocou a Natura em primeiro lugar da lista.
Por Época NEGÓCIOS