O Brasil já iniciou a corrida para a nacionalização da tecnologia da célula a combustível, destinada a desenvolver carros movidos a hidrogênio e geradores do tamanho de um frigobar, que poderão ser colocados no interior das residências.
A Electrocell, empresa integrante do Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (CIE-TEC), criou um protótipo de célula a combustível movido a hidrogênio e oxigênio, que produz 5kw de potência - o suficiente para prover energia numa casa, segundo o diretor da Electrocell, Ângelo Ebsui.
A célula a combustível é um gerador de energia que não polui meio ambiente, pois libera apenas energia elétrica, calor e água. Além disso, produz energia de melhor qualidade, sem ruídos, ideal para o setor de telecomunicações.
O próximo passo da empresa será desenvolver um novo protótipo que gere cerca de 5 KW a 10 KW, segundo Hbsui.
Além disso, a Electrocell firmou parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e NucleaRES (Ipen) para criar células movidas a etanol e gás natural; e desenvolver membranas nacionais tipo PEM (Polymer Electrolyte Membrane), responsáveis em conduzir os elétrons no interior da célula, que originam a energia elétrica.
De acordo com Ebsui, o objetivo é nacionalizar todo o processo de criação da célula a combustível. Atualmente, o oxigênio e hidrogênio, que movem a célula a combustível, são comprados de grandes empresas como White Martins e as membranas tipo PEM são importadas.
Já o etanol e gás natural são matérias-primas mais baratas e disponíveis no Brasil.
Só neste ano, as pesquisas receberão investimentos de R$ 1 milhão, originário da fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Cnpq) e Cetepro.
Segundo Ebsui, esse valor ainda 6 incipiente se comparado ao montante de US$ 1 bilhão investido na Alemanha para criar o carro movido a hidrogênio.
O pesquisador da Electrocell acredita que nos próximos cinco anos os primeiros geradores movidos a célula a combustível serão comercializados no Brasil.
Segundo Ebsui, empresas distribuidoras e geradoras de energia, de telecomunicações e grandes consumidores de energia já demonstraram interesse em adquirir os geradores.
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DCI