Pesquisas no México
Os pesquisadores mexicanos apoiados pelo IDRC apresentaram uma tinta que libera inseticida encapsulado por meio de nanotecnologia, protegendo residências e escolas públicas por pelo menos um ano e meio. O projeto foi apresentado por Jorge Méndez, pesquisador do Hospital Infantil do México, e Mauro Corral, da empresa Codequim, que estão analisando a eficácia e a segurança do produto para comercialização no México.
Outro projeto apoiado pelo IDRC foi apresentado por Pablo Manrique e Norma Pavia, pesquisadores da Universidad Autónoma de Yucatán, Rosa Mendez Vales, da Secretaria de Saúde de Yucatán, e Alfonso Flores Leal, da empresa Public Health Supply and Equipment de Mexico.
Eles desenvolveram uma tela especial para portas e janelas. Além de impedir a entrada de insetos nas residências, o produto tem um inseticida em sua composição que mata os mosquitos, aumentando ainda mais sua eficiência.
A comitiva mexicana foi composta ainda por Federico Gómez, especialista em epidemiologia e controle de doenças transmitidas por vetores, e Erick Azamar Cruz, do Hospital de Alta Especialidade de Oaxaca.
Linhas transgênicas de mosquitos
No evento, a pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) Margareth Capurro apresentou estudos voltados ao desenvolvimento de mosquitos transgênicos e defendeu a necessidade de combinar diversas estratégias para o combate às arboviroses.
“É preciso um controle integrado. Não será apenas uma abordagem que vai dar conta das doenças. No entanto, a erradicação dos mosquitos é um ponto central do controle”, ressalta à Agência Fapesp.
Segundo a pesquisadora, além da erradicação, são necessárias medidas de educação da população, desenvolvimento de vacinas, eliminação de potenciais criadouros, como pneus, garrafas e depósitos de lixo, e uso de larvicidas e inseticidas.