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TV TEM (São José do Rio Preto, SP)

Empresa de Bauru inova e recebe R$ 8 mi do BNDES (1 notícias)

Publicado em 03 de maio de 2007

Por Cristiano Zanardi/Agência BOM DIA

Linha de produção da fábrica em Bauru: adaptadores para a ponta ultra-sônica

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) liberou verba de R$ 8 milhões para a empresa bauruense Bionnovation Produtos Biomédicos S/A. Os recursos vão para a modernização das linhas de produção e desenvolvimento de pontas ultra-sônicas, equipamento odontológico produzido a partir de diamante artificial.
Em nota, o banco afirma: "Entre os méritos do projeto, destaca-se o pioneirismo da empresa em inovação tecnológica, gerando diferencial de mercado e acúmulo de conhecimento. Os produtos a serem produzidos pela Bionnovation terão impacto positivo na balança comercial, pois promoverão a substituição de importações e o incremento de exportações".
A ponta ultra-sônica é vista pelo BNDES como a principal inovação tecnológica. Já patenteada, essa espécie de "broca" possibilita tratamentos dentários sem dor em cerca de 85% dos casos. Além disso, não tem o ruído dos instrumentos convencionais. Ela também dispensa anestesia e não corta os tecidos moles, diz Bento Bravo, diretor da empresa.
O financiamento é a primeira operação conjunta do Profarma (Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva Farmacêutica) do BNDES e de seu setor de mercado de capitais: R$ 3 milhões são do programa e R$ 5 milhões vêm do BNDESPar, braço do banco que adquiriu parte da Bionnovation e tornou-se acionista em processo conhecido como subscrição de ações.
Com isso, em cinco anos, apenas os R$ 3 milhões terão de ser pagos, com taxas de juros que oscilam de 6% a 9% ao ano mais a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo).
Segundo Patrick Hallqvist, diretor da empresa, pelo acerto, as ações da Bionnovation estarão na Bolsa de Valores em cinco anos.
A Bionnovation é controladora da CVDVale, em São José dos Campos, unidade que produz parte da ponta ultra-sônica. Em Bauru, são feitos adaptadores que permitem seu funcionamento.

Matriz fica na cidade e tem 60 funcionários
Com sessenta funcionários, a matriz da Bionnovation fica em Bauru, no Distrito Industrial 2. Outros dez estão na CVDVale, em São José dos Campos. Com a ampliação de suas duas fábricas, o número deve subir para cerca de cem trabalhadores. Além das pontas ultra-sônicas, a empresa pesquisa e produz implantes odontológicos (substitutos ósseos), dentre outros biomateriais, e componentes protéticos.

O que é
* A ponta ultra-sônica
Com tecnologia CVD (Chemical Vapor Deposition), patenteada mundialmente, consiste na deposição química de vapor de carbono, que origina um cristal único de diamante artificial. O cristal de diamante recobre a ponta ultra-sônica, resultando numa espécie de "broca" para uso odontológico.

* Vida útil mais longa
As pontas ultra-sônicas CVD têm longa vida útil, com cerca de 50 utilizações frente a apenas cinco das brocas tradicionais.

* Sem anestesia, sem dor, sem corte, sem ruído
A ponta ultra-sônica dispensa anestesia, não provoca dor em 85% dos pacientes, não corta os tecidos moles da boca e não tem o incômodo ruído do motorzinho dos dentistas.

* Tecnologia
Cientistas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) criaram a tecnologia da ponta, que foi patenteada pelo instituto, Bionnovation (CVDVale) e Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

Fonte: BNDES e Bionnovation