Ouça entrevista com Gustavo Pagotto, diretor da Nanox
Um papel para a produção de embalagens e papelão ondulado é capaz de inativar o SARS-CoV-2 por contato. O material possui micropartículas de prata e sílica incorporadas em sua estrutura e foi desenvolvido pela empresa paulista Nanox, apoiada pelo Programa Fapesp de Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE). Sobre essa tecnologia, o Tarde Nacional desta terça-feira (8) conversou com Luiz Gustavo Pagotto Simões, diretor da Nanox.
Segundo ele, o papelão em si é a base de celulose. "O que nós desenvolvemos, em parceria com a indústria Irani, que fabrica basicamente papelões, foi uma maneira de colocar essas micropartículas na superfície do papel, de modo a eliminar as bactérias e fungos e também o SARS-CoV-2. Mas se o material for misturado com outros aí ele perde eficiência", esclarece Luiz, que cita ainda o histórico de pesquisa da empresa. No caso específico da covid, ele afirma que tudo se deu em aproximadamente 1 ano de trabalho.
Em testes feitos no laboratório de biossegurança de nível 3 (NB3) do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), o material demonstrou ser capaz de eliminar 99,9% de partículas do SARS-CoV-2 em 5 minutos e 99,99% em até 10 minutos de contato.
Como o lançamento foi bem recente, Luiz acredita que os produtos devam chegar ao mercado já nas próximas semanas.
Ouça a entrevista completa no link abaixo.
*Com informações da Fapesp