Novos trabalhadores atuarão em hospitais e serviços da rede estadual; medida representa R$ 4,6 milhões mensais destinados pelo estado
O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (20) a contratação de 1.070 profissionais de saúde para reforçar as equipes de hospitais e serviços da administração direta da Secretaria de Estado da Saúde.
“A contratação já foi publicada no Diário Oficial e os novos profissionais vão reforçar as equipes dos hospitais públicos estaduais para atender o aumento de demanda dos serviços de saúde que estavam represados por causa da Covid-19”, afirmou Doria.
Para reforçar as equipes da rede da pasta, o estado aplicará R$ 4,6 milhões mensalmente para contratação de 200 oficiais de saúde, 250 técnicos de enfermagem, 220 agentes técnicos de assistência à saúde, 250 enfermeiros e 150 médicos.
A previsão é que as contratações ocorram até o mês de dezembro e os profissionais serão alocados em serviços com maior demanda e necessidade de reforço do corpo clínico, em definição pela pasta.
Doria também anunciou nesta quarta-feira uma nova fase do Corujão da Saúde, com foco em Oftalmologia. Serão oferecidos à população cerca de 51 mil procedimentos entre consultas, exames e cirurgias, em um investimento de R$ 14 milhões do governo de SP. O início do programa está previsto já para esta quinta-feira (21) em todo estado.
“São Paulo inicia uma nova etapa do Corujão da Saúde, o vitorioso e inovador programa de saúde pública do governo do estado, programando 51 mil procedimentos oftalmológicos”, destacou Doria. “O Corujão da Saúde foi retomado no mês de outubro e o governo de SP vai prosseguir com o Corujão todos os meses no atendimento à população, principalmente a população mais vulnerável.”
A medida visa zerar a demanda reprimida de procedimentos oftalmológicos dos Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) que foram cadastrados pelos municípios na Central de Regulação e Oferta de Serviços de Saúde (Cross) até o último dia 20 de setembro. Serão ofertados 23.112 exames de 10 tipos diferentes, 16.077 cirurgias de catarata e retina e 11.794 consultas médicas.
Os procedimentos serão realizados em 46 AMEs de todas as regiões do estado e em 10 hospitais da rede da Secretaria de Estado da Saúde. Estes serviços irão oferecer agendas extras em horários alternativos para zerar a demanda reprimida.
A expansão é possível graças à queda dos atendimentos por Covid-19 e ao avanço da vacinação em SP. “O objetivo do governo de SP é zerar a fila de oftalmologia dos AMEs até dezembro deste ano. É um investimento importante em Saúde, priorizando atendimentos especializados e beneficiando todas as regiões”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn.
No último mês, o governo de SP anunciou a retomada do Corujão, com foco em Oncologia. O objetivo é agilizar o diagnóstico e tratamento de pacientes com câncer e realizar 335 mil exames, além de 19 mil sessões de radioterapia.
Os atendimentos começaram no dia 1º de outubro e já foram realizados 16 mil exames e cerca de 750 sessões radioterápicas. O chamamento público teve participação de 92 serviços da rede privada entre eles Instituto Israelita Albert Einstein, Sírio Libanês, Beneficência Portuguesa, Hospital Santa Catarina, HCor, entre outros.
Pesquisa
Ainda nesta quarta, Doria disse repassará R$ 1 bilhão para as universidades estaduais até o final deste ano. Além do crédito suplementar, o governador confirmou orçamento recorde de R$ 17 bilhões em 2022 para USP, Unesp, Unicamp e Fapesp, maior valor da história já reservado para as instituições pelo estado.
Em relação ao orçamento previsto para as universidades estaduais em 2018, o aumento geral para o próximo ano é da ordem de 41%. Com o investimento recorde em ciência, tecnologia e inovação, o governo do estado pretende garantir que as instituições tenham retorno seguro às aulas presenciais em 2022 e investimento em infraestrutura física e tecnológica.
Divisão
De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o reajuste no orçamento de 2022 será dividido da seguinte forma: a USP terá aumento de 24%, recebendo R$ 7,6 bilhões; a Unesp receberá R$ 3,8 bilhões, um acréscimo de 22% em relação a 2021; a Unicamp ficará com 17% a mais, totalizando R$ 3,7 bilhões; e a Fapesp ganhará reajuste de 15% sobre o atual orçamento, recebendo R$ 1,85 bilhão.
O orçamento de 2022 integra um plano de investimentos elaborado pelas universidades e para melhoria de infraestrutura, modernização de redes, compra de materiais, apoio à permanência estudantil e monitoramento da saúde física e mental das comunidades acadêmicas.
Crédito
Já em relação ao orçamento deste ano, o crédito suplementar de R$ 1 bilhão será dividido conforme os critérios determinados na distribuição de 9,57% do ICMS. A divisão prevê R$ 525,6 milhões para a USP, R$ 245 milhões para a Unesp e R$ 229,4 milhões para a Unicamp.
A verba repassada pelo estado será empregada em despesas de investimento, atualizando a infraestrutura das universidades e permitindo sua adaptação ao momento de retomada econômica e social do cenário pós-pandemia.