Como ser parceiro da Embrapa em projeto de inovação utilizando recursos da Embrapii? Para responder a essa pergunta, o pesquisador da Embrapa Agroenergia Félix Siqueira participou do atendimento a empresários no seminário "Ferramentas de apoio para inovar nas indústrias", realizado na terça-feira (22), na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.
A Embrapa Agroenergia é credenciada como unidade Embrapii para desenvolver, juntamente com indústrias, tecnologias inovadoras na área de bioquímica de renováveis. A unidade da Embrapa tem ampliado sua atuação para além dos biocombustíveis, visando prover tecnologias a uma ampla cadeia que use a biomassa como matéria-prima para diversos produtos, permitindo a migração do País para uma economia menos dependente de petróleo. Por isso, trabalha em quatro eixos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I): biomassa para fins industriais, biotecnologia industrial, química de renováveis e materiais renováveis.
Projetos firmados com a Embrapa Agroenergia via Unidade Embrapii contam com 1/3 dos recursos necessários para as pesquisas aportados pela Embrapii. A indústria parceira precisa aportar apenas mais 1/3 e o restante é a contrapartida da Embrapa, na forma de pessoal e infraestrutura. Pequenas empresas e microempreendedores ainda podem contar com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para custear até 80% do montante que lhe caberia.
O evento de terça-feira, em São Paulo, contou com dois painéis. O primeiro abriu espaço para apresentações de grandes instituições de fomento no Brasil: Embrapii, Sebrae, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A moderação foi feita pela própria Fiesp e a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O segundo painel foi dedicado a pequenas e médias empresas e contou com apresentações de representantes de diversas unidades Embrapii.
Para a pesquisadora Patrícia Verardi Abdelnur, coordenadora da unidade Embrapii da Embrapa Agroenergia, eventos como esse favorecem o dialogo e possíveis parcerias. "Nesse ambiente, você consegue reunir os empresários e as equipes das unidades para identificar demandas e possíveis parcerias", avalia.
Durante o atendimento no seminário, Siqueira recebeu empresas de diferentes áreas, como a têxtil e a farmoquímica, interessadas na inovação baseada em biotecnologia. Para o pesquisador, as parcerias via Embrapii são vantajosas. "Em vez de partir sozinha para a Pesquisa e Desenvolvimento, a indústria divide os riscos com a Embrapii e uma instituição com experiência na área". O chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroenergia, Alexandre Alonso, acrescenta que "o modelo, além de dividir custos e ricos, é também ágil, pois funciona em fluxo contínuo e depende apenas de aprovação pelas partes interessadas, isto é, Unidade Embrapii e empresa parceira".
No seminário, foi assinado um convênio de cooperação entre a Fiesp e Embrapii que permitirá a pequenas e médias indústrias paulistas obter recursos para investimento em inovação a custo reduzido e, principalmente, com burocracia praticamente zero. Saiba mais: http://www.fiesp.com.br/noticias/fiesp-e-embrapii-assinam-convenio-para-promover-a-inovacao/
(Assessoria de Comunicação, 24/8/17)