Identificar nanofibras de celulose de diferentes fontes vegetais mais produtivas, com melhor desempenho e biodegradáveis para uso na indústria é o convênio de cooperação científica e tecnológica que a Embrapa e a Braskem dão início no dia 25 de novembro, como parte da programação da solenidade de posse do chefe geral da Embrapa Instrumentação, Luiz Henrique Capparelli Mattoso. O projeto tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Fundação para o Incremento da Pesquisa e do Aperfeiçoamento Industrial (Fipai).
Com prazo para execução de três anos e recursos de R$ 500 mil, o projeto faz parte do programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) da Fapesp, cuja instituição vai participar com aporte de R$ 252 mil e o restante, R$ 248 mil serão investidos pela Braskem. Esse programa tem o interesse em apoiar financeiramente projetos de pesquisa cooperativos a serem estabelecidos em parcerias com instituições de ensino superior e de pesquisa, públicas ou privadas, do Estado de São Paulo.
O primeiro passo para a realização desse estudo foi dado quando a Braskem e a Fapesp firmaram convênio de cooperação científica e tecnológica, no âmbito do Programa PITE. A Braskem, então, a partir daí, poderia selecionar uma instituição para desenvolver pesquisa à base de fontes vegetais. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por meio de uma de suas unidades, a Embrapa Instrumentação, em São Carlos (SP) é a instituição parceira nesta pesquisa, com longo histórico de interações com a indústria.
Para o chefe geral, Luiz Henrique Capparelli Mattoso o convênio é uma importante oportunidade de estreitar a relação com a indústria e um desafio para a ciência em desenvolver tecnologias que possam efetivamente ser empregadas, de acordo com a necessidade de mercado de produzir novos materiais a partir de fontes agrícolas.
Para o desenvolvimento de nanofibras estão sendo envolvidos três pesquisadores e cinco bolsistas da Embrapa Instrumentação, que terão como matéria-prima para o estudo o bagaço de cana, resíduos de casca de coco, variedades específicas de algodão colorido, sisal, curauá e resíduos agrícolas. Todo o material será caracterizado de acordo com as várias técnicas empregadas pela Embrapa Instrumentação, que já vem há anos estudando a extração de nanofibras.
Braskem
A Braskem é a maior petroquímica das Américas e terceira maior produtora de polipropileno do mundo, e a primeira empresa a produzir polietileno verde certificado, além de ter como bases de sua estratégia a competitividade e a autonomia tecnológica, alinhadas com o compromisso de promover o desenvolvimento sustentável.
A empresa possui o maior e mais moderno complexo de pesquisa do setor na América Latina, o Centro de Tecnologia e Inovação Braskem, que conta com unidades em Triunfo, no Rio Grande do Sul, em São Paulo e nos Estados Unidos. No Centro são desenvolvidos produtos, processos, aplicações e novos mercados em parceria com os clientes, os transformadores de plástico, que compõem a terceira geração. Dessa forma, a empresa agrega valor e competitividade para toda cadeia produtiva da petroquímica e das resinas.
Atualmente, a Braskem produz mais de 15 milhões de toneladas/ano de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos.