Assim como tantas outras empresas do setor aeronáutico, a Embraer amargou em 2020 uma queda no faturamento proveniente da diminuição de viagens na pandemia e do rompimento do acordo feito com a Boeing em 2018, que previa o recebimento de US$ 4,2 bilhões e 20% das ações de uma joint venture a ser criada.
Em um plano de negócio criado para retomar o crescimento da empresa, batizado de 2021-2025, a Embraer colocou como um dos seus pilares o investimento em inovação. “Apesar desses tempos difíceis, continuamos investindo em inovação porque sabemos que o desenvolvimento tecnológico é a base para competir no mercado global”, enfatizou o engenheiro Luís Carlos Affonso, vice-presidente de Engenharia, Tecnologia e Estratégia Corporativa da Embraer, em entrevista para a revista Pesquisa FAPESP.
Um dos trabalhos recentes contou com a participação de pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos (Eesc) da USP, em São Carlos, revelando que modificações simples na geometria das asas pode resultar em um diminuição de cerca de 20% do ruído gerado pelos aviões. O projeto iniciado há mais de 10 anos recebeu financiamento por meio do Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (Pite) da FAPESP.