A Embraer inaugurou ontem, terça-feira, a primeira fase de obras do pólo aeroespacial de Gavião Peixoto, município da região de Araraquara, no qual investirá US$ 150 milhões até 2005. Os trabalhos começaram no ano 2000. No local, foi construída a maior pista de ensaios de vôo da América Latina, com 5 mil metros de extensão.
A unidade sediará o desenvolvimento e fabricação de aeronaves de uso militar e do jato corporativo Legacy. O investimento inclui o reflorestamento de 140 alqueires de área desmatada. A estimativa inicial da Embraer, divulgada em 2000, era de que 14 fornecedores da empresa se instalariam no local. No entanto, ultimamente os executivos da Embraer estão afirmando que nem todas as companhias poderão cumprir essa intenção.
O governo do Estado de São Paulo informou que investirá R$ 136 milhões no pólo. Deste total, R$ 60 milhões serão financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para projetos de pesquisa aeroespacial avançada e outros R$ 27,7 milhões serão aplicados em obras de infra-estrutura no local. As empresas que se instalarem em Gavião Peixoto terão isenção de impostos estaduais e municipais até 2015.
A fabricante japonesa de aviões Kawasaki Heavy Industries foi a primeira empresa internacional a anunciar investimentos no pólo. Ela vai gastar US$ 11,5 milhões numa fábrica para fazer a montagem final das asas dos jatos da família Embraer 190. A nova fábrica terá 60 funcionários e começará a operar em novembro.
MIRAGE
A unidade de Gavião Peixoto é a mais cotada para ser a sede da produção dos caças Mirage 2000/BR, desenvolvido em parceria com a francesa Dassault, caso a Embraer vença a concorrência de US$ 700 milhões da Força Aérea Brasileira (FAB).
A Embraer já opera a pista de testes desde outubro. A fabricante havia programado uma cerimônia de inauguração para aquele mês, mas cancelou por falta de clima para comemorações. Isso porque em setembro, após os atentados terroristas contra os Estados Unidos, a companhia diminuiu o ritmo da produção e teve de demitir 1.800 funcionários.
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Comércio da Franca