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Em comemoração do Dia do Meio Ambiente, Policia Ambiental divulga balanço com os resultados operacionais (3 notícias)

Publicado em 05 de junho de 2020

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Proibida no país desde a década de 60, a atividade ilegal já reduziu a população de várias espécies de animais elevando o risco de desequilíbrio ambiental.

Apesar da interdição em vigor há mais de seis décadas, infelizmente a caça continua a ser praticada de forma indiscriminada em todo o país e, um dos ambientes em que o prejuízo se torna evidente é o bioma Mata Atlântica. Um estudo sobre os mamíferos silvestres no maior remanescente contínuo dessa floresta, na porção leste do estado de São Paulo, indica que onde a caça persiste, ela causa a extinção local de animais de grande porte como o queixada (Tayassu pecari) e a anta (Tapirus terrestris). Esses grandes mamíferos desempenham um papel fundamental na dispersão de sementes, na fertilização do solo e na renovação da floresta (Fonte: Pesquisa FAPESP).

Para tentar combater esse tipo de crime ambiental, desde janeiro de 2020, o ICMBio em conjunto com a Polícia Militar Ambiental do Paraná já deflagrou 06 operações de fiscalização no Parque Nacional do Iguaçu, além de contar com equipes diariamente em patrulhamento pela área da Unidade.

Com o principal objetivo de manter a presença institucional visando a proteção da nossa biodiversidade, a segurança e o trabalho preventivo, como resultado dessas ações já foram destruídas aproximadamente 65 estruturas próprias para a caça dentro da Unidade. Dentre estas: 22 cevas (feitas com milho ou frutas para atração e abate de animais silvestres), 10 saleiros (assim chamado o local onde é colocado saco ou pote com sal, que goteja no solo e atrai animais silvestres como o porco-do-mato (Tayassu pecari), a anta (Tapirus terrestres), o veado (cervídeos), entre outros) e 33 jiraus (poleiro de madeira armado na mata, amarrado com cipós ou preso com pregos, próximo aos saleiros e cevas para a espera do animal e posterior abate com arma de fogo).

De janeiro até o mês de maio deste ano, já foram localizados e destruídos 08 acampamentos de caça dentro do Parque Nacional do Iguaçu, sendo que 09 pessoas foram presas e apreendidas 06 armas de fogo e diversas munições (calibre 12, 22 e 36).

Os infratores, quando presos em flagrante (tarefa árdua para os policiais e agentes de fiscalização do ICMBio), são encaminhados para a Delegacia da Polícia Federal mais próxima, por se tratar de crime de competência da esfera federal. Além das multas e medidas cautelares aplicadas, os infratores respondem ainda na esfera civil e criminal pela conduta criminosa.

Destaca-se que, mesmo diante da atual crise mundial decorrente da pandemia ocasionada pelo COVID-19 e das recomendações de conduta para o controle da doença, estas pessoas, além de desrespeitarem a legislação ambiental e subtraírem exemplares da fauna e flora brasileira já ameaçadas de extinção causando dano ao nosso maior remanescente de Mata Atlântica, colocam em risco a vida de todos os agentes de segurança, servidores envolvidos e suas famílias, além de seus próprios familiares e a comunidade onde residem.

A PESCA PREDATÓRIA NO LAGO DE ITAIPU

Desde setembro de 1999, a Polícia Ambiental do Paraná atua na defesa e preservação da fauna, flora e demais recursos naturais na Itaipu Binacional e região. Umas das ações desenvolvidas pelas equipes da Polícia Ambiental é coibir a pesca predatória no reservatório de Itaipu, a qual garante a exploração sustentável dos recursos pesqueiros e a proteção de suas margens, no lado brasileiro.

O abate ilegal dos peixes no reservatório gera prejuízos irreparáveis a conservação das espécies, e para preservar esta biodiversidade os policiais ambientais realizam diariamente o patrulhamento aquático em toda a extensão do Lago de Itaipu.

O desrespeito à legislação vigente pode levar os infratores a serem presos e encaminhados à Polícia Federal para lavratura do auto de prisão em flagrante, podendo, se condenados, pegar pena de um a três anos de detenção. Além de serem multados administrativamente em um valor que varia de R$ 700,00 a R$ 100 mil, e mais R$ 20,00 por Kg do pescado já capturado irregularmente.

Somente este ano a Polícia Ambiental do Paraná apreendeu no Lago de Itaipu 1.540 metros de espinhel, 6.252 metros de rede de pesca, 03 tarrafas, 185 unidades de varas de pesca e 242 unidades de outros petrechos como joão bobo, covos, etc.

Hoje (05), Dia Mundial do Meio Ambiente, o Batalhão de Polícia Ambiental faz um alerta aos consumidores para auxiliar na manutenção de um meio ambiente equilibrado, afinal, saber de onde vem o que se come, significa não apenas ter segurança, mas, também, consciência limpa, portanto, conheçam a origem dos peixes consumidos, não comprem espécies ameaçadas de extinção e denunciem no 181 pescadores ou produtos irregulares.