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Em busca de inovação, governos dependem de parcerias com universidades (2 notícias)

Publicado em 07 de setembro de 2022

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Em 2020, no auge da pandemia no Brasil, o governo do estado de São Paulo apresentou uma iniciativa de ponta: Ideia Gov.

O objetivo foi buscar a ajuda do mercado e da sociedade para resolver os transtornos que o poder público não pode, para oferecer maior e maior poder a serviço da população.

O executivo não implementou o programa sozinho; pediram dois pontos positivos para duas entidades-chave: a Fapesp (Fundação de Amparo ao Estado) e o Impact Hub, organização de iniciativa pessoal que trabalha com inovação com empreendedores.

As primeiras respostas foram destinadas a ajudar a combater a pandemia. Uma das situações, por exemplo, é a dificuldade de testar temporariamente toda a população a um custo menor. Para isso, a Ideia Gov optou pelo Safetest corporativo nacional, que adaptou sua infraestrutura e geração para produzir testes imediatos do Covid-19, em parceria com o Instituto Butantan.

Para a diretora executiva da Impact Hub Floripa, Gabriela Werner, que trabalhou na operacionalização da Ideia Gov, a iniciativa fundamental para viabilizar a inovação na gestão pública.

“Os governos não têm muito incentivo para inovar: os servidores públicos têm estabilidade e correm muito perigo se inovarem e cometerem erros”, disse. Além disso, o marco legal cria obstáculos para testar soluções, embora o Brasil tenha feito muitos avanços nos últimos anos, com a aprovação do marco legal para startups, em 2021, por exemplo.

A medida permite que os governos aluguem empresas mais rapidamente, sem seguir os mesmos procedimentos burocráticos que em um processo licitatório. Parcerias como essa, envolvendo governo, iniciativa pessoal e instituições de estudo, trarão mais agilidade à gestão pública.

“Uma aliança entre setores garante benefícios mútuos. Empresas e organizações veem o governo como um maravilhoso melhor amigo para avançar suas soluções. As startups, por exemplo, têm uma capacidade tecnológica e estão transformando nosso relacionamento com produtos e muito rapidamente”, diz Tatiana Daussen Perfoll, da ONG Vetor Brasil.

“O governo está comprando a solução para um problema. Ele apresenta um desafio e startups de ponta e as corporações precisam pensar em como resolvê-lo”, acrescenta Werner.

Outra opção para vender inovação dentro dos governos é a criação de laboratórios. Nessas estruturas, além da colaboração com outros setores, outros tipos de funcionários podem participar para formar grupos multidisciplinares que pensem no desafio como um todo, de outros ângulos. , equipamentos como grande conhecimento e inteligência sintética.

“Nos laboratórios, os profissionais podem co-criar respostas a partir de um procedimento de experimentação que permite erros e aprendizado imediato. Isso gera economia de recursos e maiores políticas públicas. Não é mais imaginável planejar e implementar instalações e políticas em escala e só então ver se funcionou”, diz Perfoll.

Uma parceria entre a prefeitura de Florianópolis, o Impact Hub Floripa e o Sebrae está ajudando o MEI (microempreendedor individual) a expandir seus negócios. O programa Salto Aceleradora qualifica profissionais em diversos aspectos, agregando pessoal, finanças, marketing e gestão empresarial.

A primeira turma, com 132 alunos, participou da lição de casa em 2021 online devido à pandemia e mais de uma parcela disse ter visto o aumento médio do faturamento mensal após colocar em prática a recomendação dos mentores.

A iniciativa está sendo desenvolvida através do Impact Hub Floripa em todo o país. “Já são mais de 4. 000 profissionais de marketing aderindo a um programa de aceleração de 10 semanas e construindo seu fluxo de receita por mais de mil reais consistente com o mês do programa e através de mais de cinco mil reais consistentes com o mês seguinte ao projeto”, diz Werner.

Em Florianópolis, uma nova organização de bolsistas participará do programa em 2022. O diretor-presidente da Impact Hub Floripa também afirma que o corredor municipal tem mostrado um verdadeiro objetivo para a qualidade de vida do MEI e diz que o governo de Florianópolis é um exemplo inteligente quando se trata de inovação.

“O governo está evoluindo de uma forma que acelera a dor dos últimos anos nesse sentido, pensando em como tornar o dispositivo mais eficaz e inovador, que gera resultados mais socioambientais no final e com menos investimento”, conclui.

As universidades têm muito a contribuir para alcançar um serviço público mais ágil, próximo e eficaz para o cidadão. O Laboratório Puente, da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), por exemplo, criou em 2013 para ampliar o projeto número um do SUS de informatização do atendimento fitness.

Desde então, a organização implementou várias outras respostas a transtornos nas áreas de aptidão e educação. Uma das propostas que modernizou o setor fitness é o sistema de rastreamento de estruturas.

É um aplicativo que está ajudando os administradores a acompanhar as obras de infraestrutura financiadas pelo Ministério da Saúde. A fórmula também tem um site, para que os cidadãos possam acompanhar o progresso. É possível verificar quando a alocação será concluída, o preço dos recursos investidos e até mesmo ver fotografias do local.