Usada pela primeira vez em foguetes da Luftwaffe, na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, a hidrazina ainda é o principal combustível dos veículos espaciais para corrigir órbitas e realizar manobras em veículos no espaço. Apesar de ter propriedades importantes para os cientistas espaciais - como inflamar com facilidade no contato com um agente oxidante - a hidrazina é altamente corrosiva e tóxica, representando sérios riscos aos técnicos e ao ambiente.
Segundo divulgou a agência Fapesp de notícias, uma alternativa menos perigosa e mais limpa está em estudo pela Agência Espacial Europeia (ESA): o LMP-103S, combustível baseado em dinitramida de amônio (ADN), misturado a metanol (álcool metílico), amônia e água.
De acordo com o chefe da divisão de engenharia de propulsão da ESA, Mark Ford, o ADN tem um rendimento 30% superior ao da hidrazina e é muito menos tóxico. Ele enfatiza, entretanto, que "nunca haverá combustível totalmente inofensivo ao ambiente".
Ainda que não seja 100% limpo, uma alternativa mais segura de combustível reduziria os impactos ao ambiente - especialmente sobre as plantas e a vida marinha - e o orçamento das missões.
O teste do novo combustível está previsto para acontecer ainda este ano no lançamento do satélite sueco Prisma e na missão Proba-3, que estuda novas tecnologias espaciais.
Fonte: Agência Fapesp de notícias