Especialista em materiais cerâmicos, área que abrange desde a argila para louças e peças artesanais, passando por revestimentos de fornos da indústria siderúrgica, até pisos, azulejos, sensores e semicondutores, Elson Longo tem antes de tudo uma ampla antevisão e capacidade de gestão de projetos de parcerias entre o mundo acadêmico e o da iniciativa privada. Capaz de identificar as necessidades desses dois mundos, ele tem uma trajetória eclética – e muitas vezes pioneira – no país, principalmente em projetos que levam o conhecimento científico e tecnológico para grandes empresas como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), White Martins e Faber Castell, entre outras, além de grupos de pequenas e médias indústrias em polos cerâmicos de cidades paulistas como Porto Ferreira, Santa Gertrudes e Pedreira.
A contrapartida, segundo Longo, é o aprendizado em se manter atualizado com a prática industrial, o que reverte para dentro da sala de aula, como também aproximar alunos da graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado das empresas para que conheçam a vivência empresarial. Atualmente, ele é o pesquisador responsável pelo Centro para o Desenvolvimento de Materiais Funcionais, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da FAPESP, e coordenador do Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia de Materiais em Nanotecnologia, mantido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela FAPESP. Aos 73 anos, é professor emérito da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e docente da pós-graduação da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Fonte: UNESP/Paulo