Para auxiliar as investigações sobre o comportamento de crianças nas sociedades indígenas é que a Global Editora - com apoio do MARI-USP (- Grupo de Educação Indígena do departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo) e da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) - lança o livro Crianças Indígenas - Ensaios Antropológicos. Trata-se de uma coletânea de textos organizada por Aracy Lopes da Silva e Angela Nunes.
Este é o terceiro livro da série Antropologia e Educação e, como os demais volumes, traz o resultado de alguns anos de pesquisa realizada por uma equipe interdisciplinar composta por antropólogos, historiadores e educadores que associam a teoria antropológica aos diálogos inter e multidisciplinares.
Como vivem as crianças indígenas? Do que brincam? Quais são seus interesses? Sobre o que aprendem e como o fazem? Como ocupam seu tempo? Como se pode conhecê-las? Há pesquisas sobre elas? De que perspectivas é possível realizá-las? Qual a contribuição que os estudos sobre a infância nas sociedades indígenas podem trazer à etnologia brasileira e que impacto provocarão na produção de conhecimento antropológico? E, por fim, mas não menos importante, que relevância estes estudos terão para a vida das crianças nos vários grupos societários em que se inserem e nos aspectos que mais diretamente as afetam, nomeadamente: nutrição, saúde educação, integração familiar e social, identidade, produção econômica? Estas são algumas das questões que movem os autores dos textos que integram este volume.
"Muito mais do que fechar conclusões, os ensaios incluídos neste livro abrem possibilidades de reflexão e ação, lançando um novo olhar sobre aspectos que afeiam diretamente a vida das crianças", diz a antropóloga Angela Nunes em sua apresentação.
Sobre as organizadoras: Angela Nunes é Cientista Social e fez mestrado em Antropologia Social na USP. É investigadora do Mari/Grupo de Educação Indígena do Departamento de Antropologia da USP. Atualmente, em Lisboa, prepara seu doutorado em Antropologia Social no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa - ISCTE. Desde 1978 trabalha em projetos educacionais no âmbito da infância, Aracy Lopes da Silva foi professora de Antropologia da Unicamp e do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da USP. Coordenadora da MARI-USP e do projeto temático "Antropologia, história e educação". Doutora em Antropologia Social pela USP, com pós-doutorado em Harvard.
Notícia
Gazeta de Alagoas