O Governo de Mato Grosso, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), lançou nesta segunda-feira (04.12) o edital de chamamento Expedições Científicas, integrando o projeto Amazônia +10. Com um investimento de R$ 7,7 milhões destinados a pesquisadores do estado, o edital visa impulsionar o desenvolvimento de pesquisas em diversas áreas da Amazônia Legal.
A cerimônia de lançamento ocorreu no auditório do Instituto de Computação da Universidade Federal de Mato Grosso (IC-UFMT), contando com a participação de representantes de instituições de Ensino Superior do estado.
O Governo estadual investiu R$ 2 milhões por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat) e recebeu R$ 5,7 milhões como contrapartida do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Esses recursos totalizam os R$ 7,7 milhões exclusivamente destinados aos pesquisadores mato-grossenses.
A superintendente de Desenvolvimento Científico, Tecnológico e de Inovação da Seciteci, Lecticia Figueiredo, enfatizou que a iniciativa visa impactar toda a região Norte do estado com pesquisas aplicadas sobre questões da sociobiodiversidade amazônica.
O edital Expedições Amazônicas permite um protagonismo dos pesquisadores locais, promovendo o desenvolvimento de novas descobertas, tanto da biodiversidade quanto da cultura dos povos tradicionais da região, conforme destacou o presidente da Fapemat, Marcos de Sá Fernandes da Silva.
João Arthur Reis, representante da Fapesp, ressaltou a exigência da participação de pesquisadores de comunidades tradicionais e povos da floresta, visando levar conhecimento científico para o território de forma integrada com os conhecimentos tradicionais.
Dentre os eixos prioritários do edital estão a documentação e preservação de línguas indígenas amazônicas, sistemas de conhecimento associados, estudos do patrimônio material e imaterial dos povos ancestrais, indígenas e tradicionais, bem como seus conhecimentos associados.
O prazo para a submissão de propostas é até 29 de abril de 2024, com a divulgação do resultado final prevista para agosto de 2024. O material coletado será catalogado e tombado em instituições amazônicas como forma de preservar esse patrimônio, contando com a participação fundamental de universidades e institutos de pesquisa locais. Ao todo, 19 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa aderiram ao edital, abrangendo os nove estados da Amazônia Legal. O projeto é liderado pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti), com o apoio do CNPq.