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Jornal da Unicamp

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PESQUISA - Recursos provenientes do Pronex e da Fapesp resultaram em R$ 150 milhões de investimentos em laboratórios e equipamentos de pesquisa somente nos últimos dois anos. Paralelamente, a Universidade dobrou o número de publicações referidas no Science Citation Index. Pesquisa mantém investimento.Recursos chegam a R$ 150 milhões e pesquisadores publicam mais. Ao longo de pouco mais de 30 anos de existência da Unicamp, a pesquisa tem sido uma das prioridades das sucessivas administrações da instituição. Na gestão que se encerra em abril, o cenário não foi diferente. A qualidade da produção científica gerada pelos seus pesquisadores tem credenciado a universidade a receber recursos de diferentes fontes que financiam a pesquisa. A maior parte desses recursos é proveniente da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex), do Ministério de Ciência e Tecnologia, que, juntos, disponibilizaram em quatro anos aproximadamente R$ 150 milhões para a Universidade. Da Fapesp os recursos destinados aos projetos da Unicamp somaram cerca de R$ 137 milhões, o que equivale a uma média anual de R$ 34 milhões. Os recursos provenientes do Pronex somaram R$ 12,8 milhões, distribuídos em 15 projetos específicos de diferentes áreas do conhecimento. Com o auxílio desses e de outros recursos, inclusive orçamentários, a universidade vem mantendo em andamento a média de 6.500 projetos de pesquisa. Seus pesquisadores tiveram ao longo do último ano cerca de 750 publicações internacionais indexadas pelo Science Citation Index (SCI), o mais acreditado centro de referência científica internacional. O número é recorde histórico na Universidade. Nos últimos quatro anos o número de indexações aumentou significativamente. Em 1994 foram 478, em 1995 foram 566 e em 1996 a marca chegou a 651, o que representa uma média de 611 indexações por ano. Recorde histórico - O número de teses e de dissertações defendidas em 1997 também refletiu a dinâmica científica da Unicamp. No ano passado o bom trabalho dos orientadores, aliado ao talento e à disciplina dos alunos de pós-graduação, levou a Universidade a bater o recorde histórico de 1.241 teses e dissertações defendidas, contra a marca de 1.141 registrada no ano anterior e de 1.018 em 1995. O bom andamento da pesquisa está diretamente ligado a investimentos em infra-estrutura. Entre construções, reformas, benfeitorias e serviços de conservação, a atual administração fecha o quatriênio com a realização de aproximadamente 60 mil metros quadrados de obras, ou seja, 15% sobre a área construída. Entre essas obras destacam-se a ampliação da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) que ganhou dois grandes blocos com 2.750 metros quadrados proporcionando assim melhores condições de trabalho e duplicando a área física da unidade. Com o objetivo de facilitar ainda mais o trabalho dos pesquisadores nas diferentes bibliotecas do campus, a atual administração não poupou esforços no sentido de melhorar as condições de consulta e organização do acervo, além de favorecer a modernização de seus respectivos serviços. Entre as ampliações na área destacam-se as bibliotecas do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (de 1.000 para 2.000 m2) e do Instituto de Artes (de 200 para 800 m.2). Os investimentos em periódicos também merecem destaque. Após ter assegurado, em 1996, a compra antecipada de assinaturas de periódicos científicos para o ano de 1997, no valor de US$ 2 milhões, proveu-se a antecipação de recursos da ordem de US$ 2,039 milhões para este ano, mantendo-se assim atualizada a coleção de 5.542 títulos correntes necessários à dinâmica intelectual e científica da Universidade. Os investimentos em expansão da rede de computadores manteve a Unicamp no patamar de maior centro computacional entre as universidades latino-americanas. No final do ano, a Unicamp registrou importante mudança no padrão tecnológico de sua rede, que teve sua capacidade aumentada em 60 vezes, passando de 10 para 622 Mbps. A expansão trouxe significativa agilização do tráfego de informações e aumentou expressivamente a disponibilidade de serviços para consulta. (A.C.) Professor da Unicamp publica mais Dobra o número de publicações de docentes no Science Citation Index Indicadores do Science Citation Index (SCI), principal banco de dados de produção científica internacional, apontam notável aumento no número de publicações da Unicamp registradas nos últimos oito anos. Enquanto em 1990 foram indexados 276 artigos escritos por pesquisadores da Universidade, no ano de 1997 essa marca apresentou um salto significativo, atingindo quase 750 artigos indexados. Os indicadores mantêm a Unicamp como uma das universidades latino-americanas de melhor desempenho nesse plano. Dentro do contexto interno, além do predomínio histórico do Instituto de Física, que detêm cerca de 30% das publicações no SCI, e da significativa evolução da Faculdade de Ciências Médicas, que saltou de 74 artigos em 1995 para 127 em 1996 - assegurando, com isso, o segundo lugar com quase 13% das publicações -, duas unidades também se destacaram em números absolutos de artigos indexados: o Instituto de Química, que centralizou 112 publicações, e o Instituto de Biologia, 83. Esses dados referem-se ao ano de 1996, pois os índices de 97 ainda não foram disponibilizados, (ver quadro ao lado). O cadastro do SCI, que inclui 3.300 revistas técnicas, não atinge as publicações das áreas de humanas, ciências sociais e artes, pois para essas áreas a produção acadêmica privilegia outros veículos como livros, exposições de artes e partituras musicais. Captação de recursos - De acordo com a Pró-Reitoria de Pesquisa, ao longo dos anos a qualidade da produção intelectual dos pesquisadores apresentou três fatores preponderantes que interferiram diretamente no crescente aumento dos indicadores. O primeiro deles, e talvez a marca registrada neste processo, foi a captação externa de recursos alcançada no período 94-97. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex), do Ministério de Ciência e Tecnologia, foram dois agentes que mais contribuíram com recursos: cerca de R$ 150 milhões. O investimento proporcionou o desenvolvimento da infra-estrutura em pesquisa, como implantação de redes de computadores, aquisição de equipamentos e renovação de laboratórios. Qualificação - Outros dois aspectos que colaboraram para a fixação da Unicamp como centro de referência nacional e internacional, foram a manutenção do esforço concentrado na qualificação do quadro docente da Universidade e o estabelecimento de mecanismos de cobrança para a avaliação do desempenho em pesquisa de cada docente. Essas políticas possibilitaram uma rápida evolução da curva de titulação dos professores da Unicamp. Se há sete anos 48% dos docentes possuíam o título de doutor - o que já era um percentual alto em termos brasileiros - hoje 85% dos aproximadamente 1.900 professores da Unicamp detêm esse título. Além disso, a exigência da apresentação de relatórios trienais por parte de cada pesquisador permitiu estimular a publicação de artigos científicos e, conseqüentemente, o alcance de maior mérito no desempenho acadêmico. (R.C.S.)