Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Jaboticabal, conhecida como a “Capital do Amendoim”, estão revolucionando a forma como as culturas de amendoim, batata e batata-doce são avaliadas. Tradicionalmente, os produtores realizavam um processo chamado arranquio, que consiste em retirar a planta do solo para verificar sua maturidade, o que não só é trabalhoso como também emite gás carbônico.
Agora, utilizando tecnologia de sensoriamento remoto, os cientistas conseguem determinar a maturidade das plantas ainda enterradas, aumentando a produtividade e reduzindo as emissões de CO2. As câmeras de drones e satélites capturam imagens que medem a reflectância das plantas, identificando a saúde delas e permitindo que os agricultores tenham dados precisos sobre a colheita.
O professor Rouverson Pereira da Silva afirma que os modelos desenvolvidos podem estimar a maturidade do amendoim com mais de 90% de precisão, eliminando a necessidade do arranquio. Além disso, um grupo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) está utilizando drones equipados com radares para medir a umidade do solo, permitindo uma irrigação mais eficiente e econômica.
Os resultados desses projetos foram apresentados na FAPESP Week Spain, destacando a importância da tecnologia na agricultura moderna.