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Dos problemas vocais às complicadas doenças neurológicas: a importância da Fonoaudiologia na infância! (1 notícias)

Publicado em 06 de junho de 2013

Teste da linguinha, da orelhinha, tratamentos em crianças com Síndrome de Down. Estas são algumas das contribuições da fonoaudiologia na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de doenças durante o primeiro “Ciclo de Vida”. Cada vez mais a fonoaudiologia vem mostrando sua eficácia, com atuação imprescindível em inúmeros tratamentos, em todos os “Ciclos da Vida”.

Para a presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa), Irene Marchesan, a fonoaudiologia tem papel fundamental na vida das pessoas e a SBFa quer cada vez mais disseminar atitudes saudáveis que conscientizem a população. Partindo do princípio, a especialidade tem fundamental importância já no atendimento ao recém-nascido, assim como longo da primeira infância.

O objetivo, segundo Marchesan, que é especialista em Motricidade Orofacial, é antecipar o diagnóstico, evitando danos mais graves à saúde que poderão aparecer anos mais tarde. “Desde os primeiros dias de vida de um bebê a fonoaudiologia pode contribuir para diagnosticar, precocemente, patologias, assim como iniciar o tratamento adequado para cada caso. Desta forma, podemos evitar ou dirimir as consequência de poderão prejudicar essa criança no futuro”.

Destacamos, abaixo, os principais temas e porta-vozes de cada Departamento da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, e de que forma podem auxiliar em prol da saúde no primeiro “Ciclo de Vida”. Saúde Vocal: A criança já pode desde a primeira infância desenvolver cisto nas pregas vocais, as chamadas alterações histológicas, que podem ser benignas e congênitas. O cisto em prega vocal é consequência de um comportamento vocal abusivo, que produz alteração funcional da voz. O sintoma mais claro é a rouquidão e/ou a fadiga vocal. A laringe da criança não está fisiologicamente madura para suportar atividades de alta demanda – neste faixa etária, há a utilização da voz com mais frequência, de forma mais alta e forte, o que pode gerar impacto negativo às pregas vocais. “Os comportamentos vocais abusivos podem vir a gerar nódulos, com alteração laríngea mais recorrente nessa fase da vida, sobretudo entre os em meninos.

De forma geral, as crianças poderão apresentar vozes roucas, com falhas, instabilidade e sintomas como cansaço ao falar no final do dia”. Anna Alice, Coordenadora do Departamento de Voz da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. Saiba mais sobre o assunto: www.baruco.com.br/blog/voz.pdf Saúde Auditiva: A audição da criança é outro sistema que merece muita atenção, por ter relação direta com o baixo rendimento escolar quando não diagnosticado precocemente. Como prevenção, a fonoaudiologia atua a partir da triagem auditiva neonatal universal (TANU), conhecido popularmente como Teste da Orelhinha.

Ele é simples, rápido e eficiente, aplicado a todos os recém-nascidos nas maternidades, com o objetivo de identificar perdas auditivas nos neonatos, de forma precoce. Estas perdas podem implicar em atrasos no desenvolvimento e aquisição de linguagem e fala nas crianças. “O teste identifica crianças com perdas consideradas incapacitantes. Ainda nas maternidades, devem ser encaminhadas para um serviço especializado em audiologia infantil para confirmação da perda auditiva e consequentes medidas de tratamento. Vale lembrar que sempre que houver um atraso no desenvolvimento de linguagem é importante realizar uma avaliação audiológica e iniciar com uma terapia de linguagem”, Dóris Lewis, Coordenadora do Departamento de Audição da SBFa. Saiba mais sobre o assunto: www.baruco.com.br/blog/audicao.pdf Saúde Coletiva: A promoção e a prevenção são ações da área da saúde coletiva.

O objetivo da prevenção é evitar a ocorrência de doença, com base no conhecimento do funcionamento das doenças e dos mecanismos para o seu controle. Ao mesmo tempo, deve-se promover a saúde, com propostas de novas perspectivas, identificação e respeitando as necessidades e condições de vida de cada paciente. Entre as ações de promoção e proteção à saúde, a saúde coletiva pode realizar campanhas sobre o aleitamento materno, o desenvolvimento da linguagem, saúde auditiva, vocal e hábitos orais, nas Unidades Básicas de Saúde(UBS) e em instituições e comunidade mais carentes. “A partir do levantamento das necessidades locais, deve-se identificar os fatores de risco para os distúrbios fonoaudiológicos.

Após este reconhecimento são estabelecidas ações e programas com caráter essencialmente preventivo”, Adriana de Medeiros Melo, fonoaudióloga e especialista em Motricidade Orofacial e membro do Departamento de Saúde Coletiva da SBFa. Saiba mais sobre o assunto: www.baruco.com.br/blog/saude_coletiva.pdf Fonoaudiologia Educacional: Toda criança tem direito a escola e, mais do que isso, precisa de qualidade de vida para frequentá-la, assim como para aprender. “São sérios os problemas educacionais no Brasil, tanto na esfera pública como privada. Faltam estratégias eficientes para a alfabetização e a forma da implementação do letramento têm feito com que diversos problemas referentes à aprendizagem (ou melhor, "ensinagem") surjam, assim como tem potencializado o impacto de transtornos patológicos na vida dos alunos”, Luciana Mendonça Alves, do Departamento de Fonoaudiologia Educacional da SBFa. O fonoaudiólogo também deve promover o desenvolvimento infantil a fim de estimular a linguagem oral e escrita. “O escopo do trabalho fonoaudiológico neste âmbito se tornou mais amplo, a partir da concepção da Fonoaudiologia enquanto ciência responsável pelos processos de comunicação humana, e não mais somente voltada aos distúrbios, sua detecção e tratamento”, Renata Mousinho, do Departamento de Fonoaudiologia Educacional da SBFa. No que diz respeito às questões de aprendizagem, a fonoaudiologia sempre teve uma interface muito importante com a educação.

 “Durante muito tempo o fonoaudiólogo teve em sua formação subsídios para a atuação terapêutica em uma perspectiva clínica, de reabilitação. Mas agora todos sabem da importância da promoção e prevenção dos distúrbios e das inúmeras vantagens da escola ajudar e acolher essas crianças o quanto antes”, Ana Luiza Navas, do Departamento de Fonoaudiologia Educacional da SBFa. Saiba mais sobre o assunto: www.baruco.com.br/blog/fonoaudiologia_educacional.pdf Linguagem: Na área da linguagem, a uma das principais atuações fonoaudiológicas se dá em relação à criança com Síndrome de Down, que tem características de desenvolvimento heterogêneas em que alterações de linguagem (oral e escrita), fala, audição e motricidade orofacial estão envolvidas ao longo da vida. Assim, a atuação do fonoaudiólogo inicia-se em avaliações, intervenção direta com a criança e em orientações à família ainda na equipe de unidade neonatal.

“Para além da alta hospitalar, o fonoaudiólogo intervém e aprimora o processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem verbal, desde a idade pré-escolar e amplia as habilidades para o aprendizado da linguagem escrita”, Jacy Perissinoto, do Departamento de Linguagem da SBFa. Saiba mais sobre o assunto: www.baruco.com.br/blog/linguagem.pdf Disfagia / Deglutição: O fonoaudiólogo é o profissional responsável por avaliar e tratar a disfagia que pode se manifestar desde o nascimento. “Alguns bebês podem nascer com problemas que afetam a deglutição e as principais causas são as más formações que envolvem as estruturas dos sistemas digestivo e respiratório, como as fissuras que atingem lábio e palato, entre outros”, Flávia Martins Ribeiro, do Comitê de Disfagia Infantil da SBFa. A profissional ainda lembra que os insultos neurológicos também podem afetar o controle da deglutição desde a fase neonatal.

“Além destes fatores, a prematuridade está frequentemente associada a uma dificuldade transitória na coordenação dos reflexos de sucção e deglutição com a respiração, devido à imaturidade global dos sistemas envolvidos nestas habilidades”. Saiba mais sobre o assunto: www.baruco.com.br/blog/disfagia_infantil.pdf Motricidade Orofacial (Funções: sugar, respirar, mastigar, engolir e falar): Outra especialidade da fonoaudiologia de suma importância neste Clico de Vida é a Motricidade Orofacial, que visa o bom funcionamento de todas as funções orofaciais. “O bebê ao nascer precisa mamar, para mamar, precisa envolver o peito da mãe com a língua. Isso significa que a língua tem que sair um pouco para fora. Se aquela pele que tem embaixo da língua não permite que isso aconteça, ele terá grande dificuldade na amamentação. É o que as pessoas chamam de língua presa.

Além disso, caso o bebê não ganhe peso, passará rapidamente para a mamadeira, o que não é aconselhável, pois o fundamental é que mame no peito da mãe. Mas se, por qualquer razão, passar a se alimentar com a mamadeira, esta deve ter mantido o furo original, evitando que a criança se engasgue ou mude sua língua de lugar. Se isto ocorrer, esse músculo (língua) poderá não funcionar tão bem durante o aprendizado da fala e, como consequência, apresentar uma má produção de sons”, Irene Marchesan, Presidente da SBFa e especialista em Motricidade Orofacial.

Saiba mais sobre o assunto: www.baruco.com.br/blog/motricidade_orofacial.pdf

Sobre a SBFa Há 30 anos a fonoaudiologia foi oficialmente reconhecida no Brasil (Lei 6.965/81) e há pouco mais de duas décadas foi criada a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa). Com o decorrer dos anos houve a ampliação da articulação do setor com as instituições públicas, como os Ministérios da Saúde e Educação, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), com o Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) e com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

No biênio 2004/2005, foram planejadas as oficinas de sensibilização de docentes e discentes para o SUS, com aprovação do projeto e o financiamento do Ministério da Saúde e Organização Pan-Americana da Saúde. Os princípios fundamentais da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia são a identidade e exercício profissional, a representatividade nacional e internacional e a modernização da estrutura da sociedade. Site: http://www.sbfa.org.br