Em projeto de orçamento enviado à Alesp ano passado, governo de SP tentou cortar R$ 454 milhões da Fapesp em 2021 e voltou atrás após mobilização de cientistas. Novo aporte de recursos contemplará oito áreas e garantirá manutenção de pesquisas sobre a Covid-19 em SP. João Doria (PSDB) participa de lançamento do Programa ‘Ciência para o Desenvolvimento’, da Fapesp.
O governo do estado de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (27) que vai investir R$ 580 milhões na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapesp).
No fim do ano passado, no entanto, o próprio governo tinha proposto um corte de 30% no orçamento destinado à fundação, valor equivalente a R$ 454 milhões, mas depois voltou atrás e manteve a verba para 2021 após mobilização de pesquisadores, cientistas e educadores na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Ao todo, a gestão João Doria (PSDB) calcula que sejam investidos R$ 10 bilhões em pesquisas acadêmicas, somando os orçamentos das três universidades paulistas (USP, Unesp e Unicamp) e a Fapesp.
Pesquisadores temem que FAPESP perca R$ 454 mi de verba para 2021
A Fapesp investe em pesquisas em diferentes áreas do conhecimento. Vários cientistas que trabalham em São Paulo no sequenciamento do coronavírus e na produção de vacinas contra a Covid-19 são financiados pela instituição.
“Chegamos a R$ 10 bilhões investidos por um governo que sempre apostou na ciência. Nunca o investimento foi tão substantivo quanto agora, mesmo diante da pandemia, que drenou recursos para a saúde, para os hospitais, para a compra da vacina, para estudos e para o desenvolvimento de medidas protetivas para a população”, disse Doria nesta quinta (27) no Palácio dos Bandeirantes.
Dentre os programas tocados pela Fapesp e contemplado pela nova verba, o governador também lançou uma nova edição do edital Ciência para o Desenvolvimento, com investimento previsto de R$ 120 milhões.
O valor do edital será investido pela Fapesp e contemplará oito áreas: saúde, eficiência energética, agricultura e abastecimento, manufatura avançada e materiais avançados, cidades inteligentes e segurança pública, conservação do meio ambiente e sustentabilidade, cultura e economia criativa e esportes.
Os projetos reunirão pesquisadores de universidades, instituições de pesquisa paulistas, gestores de órgãos de governo do estado e dos municípios paulistas, empresas e organizações não governamentais em projetos colaborativos, de impacto social ou econômico.
“Muitos dos trabalhos feitos pelos nossos cientistas estão sendo apoiados por todos os recursos da Fapesp e têm sido utilizados no Brasil e no mundo. Estamos anunciando investimento para aplicação em pesquisa para ajudar pessoas que mais precisam. Os países que estão saindo mais rapidamente dessa crise investem pesadamente em ciência e tecnologia”, afirmou a secretária de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Patrícia Ellen.