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Doença de Chagas: complicação no esôfago pode ser genética, diz estudo (8 notícias)

Publicado em 05 de dezembro de 2022

Uma pesquisa liderada por cientistas brasileiros identificou que uma mutação genética pode estar relacionada a distúrbios em pacientes com megaesôfago chagático. A condição é causada pela doença de Chagas e provoca o aumento do esôfago. Para os pesquisadores, as conclusões do levantamento podem inspirar novos tratamentos para pessoas com a condição.

As observações sugerem que, em portadores dessas mutações, o aumento da produção de um mediador inflamatório conhecido como IFN-gama leva à disfunção das mitocôndrias (responsáveis por gerar energia) nos neurônios.

A degeneração dos neurônios presentes na parede do esôfago contribuiria, portanto, para o desenvolvimento do megaesôfago ligado à doença de Chagas. A alteração na mitocôndria foi encontrada em 18% dos pacientes portadores de cardiopatia chagásica crônica, mas somente em 2% da população brasileira em geral.

“Após anos de pesquisa, conseguimos entender melhor esse mecanismo da disfunção mitocondrial induzida pelo IFN-gama. A importância desse achado é justamente o fato de podermos buscar drogas específicas para diminuir essa alteração”, explica o professor Edecio Cunha-Neto, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e um dos autores do artigo, à Agência Fapesp.

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Fonte: Metrópoles