Professor Rogério Valentim Gelamo, da Engenharia Elétrica, acaba de registrar patente, junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial, de nanossensor para detecção de nanopartículas de oxigênio.
O patenteamento assegura ao autor do invento, durante 20 anos, direitos sobre a tecnologia criada, conforme a Lei da Propriedade Industrial. O processo de registro de patente foi intermediado pela Agência de Inovação da Unicamp - universidade na qual Gelamo desenvolveu o nanossensor em seu projeto de pós-doutorado.
Coordenado pelo pesquisador Stanislav Moshkalev, o trabalho foi financiado pela Fapesp. A função do sensor é detectar a presença de gases em concentrações muito pequenas, o que é útil para detectar partículas gasosas indesejadas ou que poderiam passar despercebidas, como gases nocivos com potencial de contaminar determinado ambiente.
Consistindo em nanotubos de carbono decorados com nanopartículas de titânio, o sensor de gases criado por Gelamo reage com o oxigênio - a reação química acusa a presença do oxigênio e modifica a corrente elétrica do sistema do nanossensor.
"Podemos desenvolver alternativas de detecção de gases através da substituição do titânio nos nanotubos de carbono por outras espécies de materiais, como estanho, cobre, paládio, ou por meio da troca do nanotubo pelo grafeno (camada atômica de grafite), que reagem com outros tipos de gases que desejemos detectar", explica Gelamo.