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Universia Brasil

Docente da UNESP/Dracena pesquisa efeitos tóxicos de plantas utilizadas na produção animal

Publicado em 30 agosto 2006

O docente Fábio Erminio Mingatto, do Campus Experimental da UNESP em Dracena, juntamente com quatro alunos de Iniciação Científica e o técnico de laboratório estão estudando os efeitos tóxicos de plantas que podem ser utilizadas para a produção animal.
O projeto financiado pela FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, teve início em maio de 2005 e está com previsão de término em abril de 2009. A pesquisa se faz necessária, pois a ingestão de plantas tóxicas é uma das principais causas de morte em animais de produção no Brasil.
A profilaxia e o controle das intoxicações por plantas tem-se resumido apenas ao conhecimento dos fatores associados às plantas, aos animais, ao ambiente ou ao manejo que determinam a ocorrência, freqüência e distribuição geográfica das intoxicações, sem se preocupar com os mecanismos relacionados aos efeitos tóxicos.
A monocrotalina é um alcalóide pirrolizidínico encontrado em plantas, principalmente naquelas do gênero Crotalaria, uma leguminosa comumente utilizada como adubação verde. A hepatotoxicidade está entre os efeitos tóxicos provocados pela ingestão dessa substância em animais e humanos, porém, seu mecanismo de toxicidade ainda não está muito bem descrito.
Segundo Fábio Mingatto a elucidação do mecanismo de hepatotoxicidade da monocrotalina em mitocôndrias e em hepatócitos isolados de rato seria uma importante contribuição para o combate aos seus efeitos tóxicos, auxiliando na descoberta de compostos que possam ser utilizados no tratamento de animais expostos a essa substância.
O projeto tem como objetivo estudar os efeitos da monocrotalina sobre mitocôndrias e hepatócitos isolados de rato, com relação a parâmetros associados à bioenergética, homeostase do cálcio e geração de Eros para tentar esclarecer seu mecanismo de toxicidade e auxiliar no tratamento de animais expostos a essa substância.
Com os resultados, pesquisadores da área de Saúde Animal poderão desenvolver antídotos para o tratamento de animais intoxicados pela monocrotalina, diz Mingatto.

Os objetivos específicos da pesquisa são:
I - Avaliar os efeitos da monocrotalina sobre parâmetros relacionados à bioenergética das mitocôndrias isoladas de fígado de rato (Respiração Mitocondrial, Potencial de Membrana Mitocondrial e Níveis de ATP).
II - Avaliar os efeitos da monocrotalina sobre parâmetros relacionados à homeostase do cálcio e ao estresse oxidativo das mitocôndrias isoladas de fígado de rato (Inchamento Mitocondrial, Efluxo de Cálcio, Produção de Eros, Oxidação de GSH, Lipoperoxidação de Membrana e Oxidação de Nucleotídeos de Piridina).
III - Avaliar os efeitos tóxicos da monocrotalina em hepatócitos isolados de rato (Viabilidade Celular, Liberação de LDH, Potencial de Membrana Mitocondrial e Síntese de ATP).