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Distração pode ser principal causa de acidentes

Publicado em 11 agosto 2006

Quase todo mundo se distrai por alguns momentos quando viaja. O pior é que, de cada cinco acidentes, um é causado por falta de atenção. Essa constatação ocorreu na Austrália, mas não deve ser muito diferente do Brasil. O estudo analisou o comportamento de 1.300 motoristas com idades entre 18 e 65 anos e mostrou que, a cada seis minutos, em média, pelo menos um motorista se distrai ao volante, segundo a Agência FAPESP.
A pesquisa, feita pelo Instituto George para Saúde Internacional e pela Universidade do Leste da Austrália, conseguiu identificar quais são as causas dos acidentes motivados por distrações. Em primeiro lugar da lista apareceu a falta de concentração, com 72% de indicação.
O importante desta pesquisa é que ela detectou porque as pessoas se distraem enquanto dirigem. Segundo ela, 69% dos motoristas admitiram que se distraíram porque estavam ajustando algum equipamento e 58% se distraem por algum fator externo.
Das indagações feitas pelos pesquisados, 40% das respostas tornaram evidente que, com freqüência, as distrações ocorrem quando existe uma conversa entre o motorista e algum dos passageiros do veículo. Para Suzanne McEvoy, pesquisadora que chefiou o trabalho, o fato de ocorrer uma distração ao volante é bastante comum, mas o que surpreendeu foi a alta taxa de acidentes que ocorrem depois.
Os jovens entre 18 e 30 anos são os que mais preocupam. Eles minimizam as conseqüências de uma distração e demoram mais para retomar a atenção.
Além da distração, outro fato que causa muitos acidentes é o motorista dirigir embriagado. Ele acha que está em condições de dirigir, mas, na verdade, seus reflexos estão mais lentos do que o normal. Para acabar com este problema, uma empresa do Reino Unido está desenvolvendo um carro que impede o motorista de dirigir caso ele tenha ingerido bebida alcoólica, solução que a Volvo também já apresentou, em fase experimental.
Uma câmara infravermelha acompanha os movimentos dos olhos do motorista e um sensor no volante monitora as manobras. As informações são passadas para um computador, que aciona um alarme alertando o motorista. O sistema se baseia ano seguinte critério: o motorista sóbrio leva sete décimos de segundo para girar o volante na direção que seus olhos determinam. Sob o efeito do álcool, o motorista leva um tempo muito maior para reagir. E é por isso que acontecem os acidentes. O sistema detecta a lentidão, trava o motor e impede o carro de sair do local.