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Dispositivo emite em tempo real alertas contra enchentes (5 notícias)

Publicado em 08 de julho de 2022

Desenvolvida pela USP em São Carlos, a fórmula é destinada aos municípios brasileiros que sofrem enchentes devido ao transbordamento de rios.

Rio Branco, capital do Acre, terá em breve uma fórmula de prevenção de enchentes criada por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), campus São Carlos. Em março deste ano, fortes chuvas causaram a foz do Rio Acre, que administra a cidade, ao ultrapassar a cota de transferência de 14 metros, alagando ruas e casas em cinco bairros do município. Pelo menos cem famílias foram afetadas pela inundação, causando transtornos aos habitantes da cidade quase todos os anos.

Em meados de junho, uma comitiva liderada pelo prefeito de Rio Branco, Sebastião Rodrigues, reuniu-se em São Paulo com o cientista da computação Jó Ueyama, do Instituto de Matemática e Ciências da Computação (ICMC) da USP, para a tecnologia, e representantes da Agência de Inovação da USP, com o objetivo de finalizar as modalidades de aquisição do sistema.

“Estamos satisfeitos com o interesse demonstrado pela Prefeitura de Rio Branco e faremos de tudo para se despedir da geração da cidade”, disse Ueyama. Se a parceria for concluída, a capital acreana será a última cidade brasileira a ter o dispositivo, já instalado no Rio do Sul, Santa Catarina e São Carlos, interior de São Paulo – na cidade de São Paulo é utilizado para testes.

Chamada e-Noah, a fórmula de alerta é composta por uma rede de sensores subaquáticos que monitoram o ponto de rios e córregos urbanos (ver Pesquisa FAPESP n°263). na coluna de água e troca de dados com outros por uma rede de comunicação sem fio. Paralelamente, as câmeras fotografam o leito do rio, registrando o ponto de água.

As fotografias e dados dos sensores são enviados via sinal celular para uma infraestrutura em nuvem, onde estão disponíveis através da Defesa Civil do município ou diretamente através da população (veja infográfico abaixo). Os alertas podem ser configurados para serem enviados via SMS para o celular ou pc de moradores previamente cadastrados.

Um mérito do e-Noah sobre os sistemas tradicionais, segundo Ueyama, é a capacidade de transmitir dados sobre o ponto de rios e córregos em tempo real. “Na hidrometria tradicional, os dados sobre o ponto de recursos são coletados quando um técnico vai à estação, instalado no local, para extraí-los”, explica o pesquisador, que também faz parte do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Disseminação (CEPID) financiados pela FAPESP.

Outro diferencial tecnológico, que levou cerca de 10 anos para ser expandido e foi apoiado pela FAPESP, é a capacidade de ter recursos de inteligência sintética para enchentes, como redes neurais sintéticas. O dispositivo também pode integrar sensores contaminantes para monitorar a qualidade da água.

Segundo o pesquisador da USP, a aquisição e instalação de todo o sistema, com sensor de tensão, câmera, software de processamento de dados, rede sem fio e modem de telefone 4G, custa em torno de R$ 15 mil. Não há preços constantes, que são de responsabilidade do cliente.

Enchentes De Itajaí-Açu Em São Carlos, o e-Noé já foi testado nos córregos Monjolinho e Tijuco Preto, que transbordam regularmente no período chuvoso. As três estações instaladas nos dois cursos d’água são utilizadas para melhorar a geração e, até agora, não foram incorporadas ao sistema de cobertura civil da cidade.

Em Sasanta Catarina, o primeiro estilo da fórmula apresentado e especificado em 2014 para a Defesa Civil do município, que comprou o dispositivo para monitorar as enchentes do Rio Itajaí-Açu, que passa pelo município do Rio do Sul. La, localizado a 190 quilômetros da capital Florianópolis, na confluência dos rios Itajaí do Sul e Itajaí do Oeste, que formam o Itajaí-Açu, sofre recorrentes problemas de inundação.

James Tavares / SecomInundación pelo Rio Itajaí-Açu, no Rio do SulJames Tavares / Secom

“Em 2011, tivemos uma inundação histórica na comuna, quando o rio cresceu quase treze metros. Dois anos depois, graças a uma reportagem no site do CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico], soube da geração que o professor Ueyama estava desenvolvendo”, lembra o cientista da computação Fábio Alexandrini, professor de Ciência da Computação do Instituto Federal de Santa Catarina (IFC), campus Rio do Sul. “Procurei por ele e, pouco tempo depois, ele chegou ao Rio do Sul para nos apresentar ao sistema, que, na época, nem tinha ganhado seu primeiro nome, e-Noah. “No ano seguinte, a Defesa Civil local se envolveu na negociação e adquiriu o aparelho para o município.

Alexandrini relata que a geração passou por algumas adaptações para se adaptar às situações do município, afetadas por enchentes gigantes. “Ultimamente temos 3 aeronaves instaladas no Rio do Sul. Uma delas no Rio Itajaí do Sul, no distrito de Sumaré Laranjeiras; outra ao lado da ponte que cruza Itajaí do Oeste na BR-470; e a 3ª no centro da cidade, na ponte Dom Tito Buss sobre o Itajaí-Açu”, explica o pesquisador. “O conhecimento do 3º sensor está permanentemente disponível no portal da Proteção Civil.

A fórmula do e-Noah não evita inundações, mas diz aos cidadãos de espaços ameaçados para tomar precauções e sair de suas casas antes que a água chegue até eles. No Rio do Sul, a população pode aderir ao cenário do Rio Itajaí-Açu na página online da Defesa Civil, que além de apresentar o ponto da fonte em tempo real, fornece informações sobre a quantidade de chuva que deve chover no dia. A empresa envia uma mensagem de cautela à população da ameaça de inundação. “Em maio deste ano, o Itajaí-Açu atingiu 9,74 metros. A fórmula de alerta funcionou e deu aos cidadãos tempo para tirar as coisas de suas casas e proteger suas vidas.

Defesacivil. riodosul. sc. gov. br Página do portal da Defesa Civil do Rio do Sul que aparece na ponta do rio Itajaí-Açudefesacivil. riodosul. sc. gov. br

Para Pedro Caballero, diretor do Departamento de Defesa e Proteção Civil de São Carlos, sistemas como o e-Noé são úteis para evitar erros causados pelo transbordamento de rios urbanos. “O conhecimento gerado por meio dessas tecnologias permite que a cobertura civil adote medidas de mitigação e medidas emergenciais. Nossas pinturas têm maiores efeitos quando orientadas através de tecnologias de rastreamento ambiental, hidrológico ou climatológico”, diz Caballero.

Segundo ele, cerca de 250 municípios brasileiros de médio porte sofrem de distúrbios hidrológicos causados pelo excesso ou falta de água. “As ocasiões que aparecem como máximos na mídia são as causadas pelo excesso de água, como inundações, inundações e deslizamentos de terra. “diz o especialista. A informação é vital para combater esses distúrbios. “Mas também é essencial que a população se exercite na interpretação desses dados e saiba o que fazer em uma emergência. Portanto, com um sistema de alerta, é obrigatório exercitar os outros para processar o conhecimento gerado através dele.

Projetos 1. Explorando a Abordagem do Sensor Web e Detecção Participativa no Monitoramento urbano do Rio (Nº. 12/22550-0); Modalidade de bolsa de pesquisa – regular; Pesquisador de Jó Ueyama (USP); Investimento R$ 60. 529. 48,58 2. CeMEAI – Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (n° 13/07375-0); Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão de Modalidades (CEPID); Pesquisador do José Alberto Cuminato (USP); Investimento R$ 47. 956. 876,26 (para todo o centro).

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