A edição de 2025 da Demografia Médica no Brasil revela disparidades nas cirurgias e distribuição de profissionais de saúde. Mostra diferenças no acesso a técnicas cirúrgicas avançadas entre o SUS e a rede privada.
Realizado pela USP e AMB, o estudo destaca a atenção cirúrgica pouco explorada no país. Aponta que pacientes da rede privada têm taxas maiores de apendicectomia, colecistectomias e cirurgias de hérnias em comparação com o SUS.
O Brasil conta com 42.426 cirurgiões gerais, essenciais na atenção básica. No entanto, há desigualdades na distribuição desses profissionais, concentrados no Sul e Sudeste. O relatório destaca a menor realização de cirurgias por videolaparoscopia no SUS, apesar dos benefícios dessa técnica minimamente invasiva.
Os pesquisadores alertam que a falta de assistência cirúrgica oportuna pode resultar em filas e agravar condições tratáveis. O estudo financiado pelo Ministério da Saúde destaca a importância do SUS e os desafios enfrentados, especialmente durante a pandemia.
O relatório aponta a necessidade de políticas para melhorar a distribuição de profissionais de saúde e o acesso a cirurgias, destacando a importância de parcerias com o setor privado.
Júlio Rossato