A revolução industrial mais anunciada da história - a Indústria 4.0 - ainda dá o que falar e continuará na agenda das empresas mundo afora. Curioso é que as tecnologias para essa revolução industrial estão disponíveis, executivos de todo o mundo sabem disso, mas, ainda, não se conhece uma empresa que seja capaz de afirmar que nela a revolução já foi feita.
As possibilidades são tantas que não existe um manual para a concretização da Indústria 4.0. Para discutir a Indústria 4.0, a Sandvik Coromant reuniu no dia 27 de novembro em São Paulo (SP), um grupo de executivos de indústrias automobilística, de óleo e gás, metalmecânica, aeroespacial e entidades de classe. A impressão que se teve é que o volume de perguntas supera o de respostas, embora de uma forma ou de outras todos os executivos que se manifestaram sugeriram que em suas empresas há ações orientadas à Indústria 4.0. Interessante observar também cada empresa parecia ter uma experiência única na implementação de ações orientadas à Indústria 4.0. Assim, mais de uma vez foi sugerida a realização de um novo encontro em que houvesse a apresentação de cases, de forma que as experiências fossem compartilhadas para que todos pudessem aprender com erros e acertos.
O evento “Digitalização na Indústria - soluções que lideram e conectam” teve como anfitrião o presidente da Sandvik Coromant Brasil, Claudio Camacho. De acordo com o executivo, a ideia não foi fazer uma apresentação sobre indústria 4.0, “mas reunir pessoas de destaque que têm o mesmo objetivo: trazer essa usinagem digital para o nosso dia a dia. É a oportunidade de criar um grupo de discussão”, comentou Camacho. O gerente de Relações Institucionais da Fapesp Horácio Forjaz traçou um panorama mundial dos planos econômicos que privilegiam a implantação da digitalização industrial e a importância do investimento em PD como política pública.
“A indústria 4.0 é um plano de origem alemã envolvendo setores público e privado com o objetivo de manter a competitividade da indústria, gerar emprego e preservar qualidade de vida desse país que envelhece. Não é um fenômeno isolado, existem planos equivalentes, como o Made in China, que investe 2,3% do PIB daquele país de maneira coordenada. Já os Estados Unidos têm como objetivo manter a liderança em pesquisa e desenvolvimento. De 2017 para este ano, eles aumentaram em 12% o dispêndio público em pesquisa e desenvolvimento.
O Japão, 13%”, enumerou. De acordo com Forjaz, no Brasil a realidade é um pouco distante. “Não conseguimos chegar a 1,7% do PIB em investimentos de PD, e esse montante vem declinando”. Para auxiliar indústrias na implantação de uma usinagem mais eficiente e com possibilidade de ampla monitoração remota, a Sandvik Coromant possui a plataforma CoroPlus, que oferece possibilidades de conectividade, que é a essência do ideal de indústria 4.0. Combinando software e hardware com ferramentas integradas, a tecnologia não apenas confere maior produtividade às operações de usinagem, como também auxilia a reduzir desperdícios de tempo e recursos em todas as etapas da produção.