No Câmara Viva deste sábado (27), o diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás, defende a mudança do zoneamento de parte da capital paulista para permitir a ampliação da área de produção do Instituto, na zona oeste.
A lei que altera o zoneamento, aprovada pela Câmara legislativa e sancionada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), sofre resistência de parte dos moradores por causa da derrubada de cerca de 1.700 árvores do entorno do local. O projeto tem como contrapartida o plantio de nove mil mudas nativas da Mata Atlântica.
De acordo com Kallás, o impacto ambiental da derrubada da vegetação não é tão significativo, tendo em vista que a grande maioria das árvores que serão derrubadas não são nativas do bioma.
" Embora o número assuste um pouco, ele é muito menor no ponto de vista de que a maioria dessas árvores estão localizadas em áreas isoladas e mais de 90% delas não são árvores nativas da Mata Atlântica. São árvores invasoras ou exóticas. A compensação que o Butantan se propõe a fazer é, apesar da supressão dessas 1.700 árvores, a gente trazer um projeto de reestruturação, que já está em fase inicial de elaboração, e uma parte já está sendo implementado, com o plantio de nove mil árvores, reestabelecimento da Mata Atlântica que tem ali no Instituto Butantan", argumenta.
Segundo o diretor do instituto, a ampliação da capacidade do complexo vai possibilitar o aumento da produção de medicamentos como a vacina da dengue, vacina da chikungunya, vacina contra o vírus sincicial respiratório, vacina de RNA contra a Covid e anticorpo monoclonal, utilizado para tratamento de uma série de tipos de câncer.
" O Butantan assume um papel de importãncia nacional e global na produção de vacinas, mas precisava desse marco para gemte discutir como ia ser a ocupação definitiva desse instituto