“Desafios para Ciência e Tecnologia em São Paulo” é o tema do Colóquio que será ministrado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) pelo professor Carlos Henrique de Brito Cruz, Diretor Científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), na próxima segunda-feira, dia 2 de outubro. O evento tem a realização do Programa de Pós-Graduação em Física (PPGF) da UFSCar.
A temática do Colóquio parte do fato de que, no Estado de São Paulo, anualmente são aplicados por empresas e governo R$ 28 bilhões em atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D), realizadas por 73 mil pesquisadores. A maior parte desse dispêndio (60%) vem das empresas, depois do Governo Estadual (22,7%) e do Governo Federal (14,5%). Há muitos exemplos relevantes de interação entre empresas e universidades e há também expressivos resultados em pesquisa básica com impacto mundial. O principal desafio que se coloca para o sistema de ciência e tecnologia (C&T) no Estado de São Paulo é como aumentar ainda mais os impactos científico, social e econômico da pesquisa.
O evento, aberto ao público e sem necessidade de inscrição prévia, tem início às 11 horas, no Auditório do Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia (CCET), localizado na área Norte do Campus São Carlos da UFSCar.
Brito Cruz é professor no Instituto de Física Gleb Wataghin da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Graduou-se em Engenharia Eletrônica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Obteve os títulos de mestre e de doutor no próprio Instituto de Física Gleb Wataghin, onde leciona desde 1982. Atualmente, é professor titular no Departamento de Eletrônica Quântica. Foi pesquisador visitante no Laboratório de Óptica Quântica da Universitá di Roma, no Laboratório de Pesquisa em Femtossegundo da Universitè Pierre et Marie Curie e pesquisador residente nos AT&T’s Bell Laboratories em Holmdel, New Jersey. Na Unicamp, foi diretor do Instituto de Física de 1991 a 1994 e de 1998 a 2002, Pró-Reitor de Pesquisa de 1994 a 1998 e Reitor de 2002 a 2005. Foi presidente da Fapesp de 1996 a 2002. É membro da Academia Brasileira de Ciências e fellow da American Association for the Advancement of Science. Entre outras premiações, recebeu a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Científico do Brasil em 2000, o Prêmio Conrado Wessel de 2004 e a Ordem do Império Britânico em 2015. É Diretor Científico da Fapesp desde 2005.