O Caso que Abalou o Berço da Pesquisa Científica Nacional
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), um dos maiores símbolos do avanço científico e acadêmico brasileiro, agora enfrenta uma das crises mais graves de sua história. Investigado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), um esquema de desvio de verbas públicas destinadas à pesquisa científica revelou-se em meio a acusações de fraude e corrupção envolvendo milhões de reais. O caso, que já soma R$ 5,3 milhões em recursos desviados, está sob os holofotes nacionais. Será possível restaurar a confiança em instituições tão fundamentais para o desenvolvimento do país?
Os Números que Assustam Segundo dados fornecidos pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), R$ 5 milhões foram movimentados diretamente por Ligiane Marinho de Ávila, ex-servidora da Fundação de Desenvolvimento da Unicamp (Funcamp). Esses recursos, originalmente destinados ao Instituto de Biologia, foram desviados para fins pessoais ou ilícitos. Mas como algo assim pôde acontecer sem ser detectado antes? E quem são os outros possíveis envolvidos?
A Figura Central do Escândalo Ligiane Marinho de Ávila, cujo nome agora ecoa nos corredores da universidade, é apontada como peça-chave no esquema fraudulento. Conforme depoimentos do promotor de Justiça Cível Angelo Santos de Carvalhaes, há fortes indícios de que a ex-servidora tenha agido com cumplicidade. “Não estamos falando apenas de erros administrativos, mas de condutas intencionais”, afirmou o promotor.
Quem é Ligiane Marinho de Ávila? Embora pouco se saiba sobre sua trajetória profissional anterior, Ligiane ocupava um cargo estratégico dentro da Funcamp, responsável pela gestão financeira de projetos de pesquisa. Esse acesso facilitou suas ações fraudulentas, permitindo-lhe manipular documentos e transferir fundos para contas pessoais.