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Desvio de verbas para pesquisas da Unicamp chega a R$ 1,9 milhão (12 notícias)

Publicado em 28 de maio de 2024

Uma apuração interna da Unicamp aponta que os desvios de verbas de pesquisa do Instituto de Biologia da universidade, revelado em janeiro deste ano, está estimado em quase R$ 1,9 milhão.

A servidora suspeita do crime, Ligiane Marinho de Ávila, foi demitida em dezembro de 2023 e, desde fevereiro de 2024, é investigada pela Polícia Civil.

A Unicamp constatou cerca de 220 transferências bancárias suspeitas feitas pela mulher. A maioria, cerca de 160, foi feita para a conta da própria servidora, somando um valor de R$ 1,2 milhão. Os outros 700 mil foram transferidos para duas empresas e duas pessoas físicas, que também são alvos da investigação da Polícia Civil.

A suspeita é que as transações aconteceram entre setembro de 2018 e janeiro de 2024, com valores variando entre R$ 400 e R$ 80 mil, cada. Nas notas fiscais eram colocadas justificativas como compra, transporte e manutenção de equipamentos, além de desenvolvimento de softwares e sites.

A investigada atuava na Secretaria de Apoio Institucional ao Pesquisador (SAIP), órgão responsável por operar as verbas recebidas pelo Instituto de Biologia para pesquisa. A equipe de docentes do local contou que a mulher era uma pessoa de confiança.

O advogado Rafael de Azevedo, que representa Ligiane, informou que soube do inquérito nesta segunda-feira (27) e que a cliente não foi notificada para apresentar versão dela.

A Unicamp afirmou que “os fatos estão sendo objeto de apuração em Sindicância Administrativa, sendo certo que adotará todas as providências que se mostrarem cabíveis após sua conclusão”.

No dia 21, a Polícia Civil pediu à Justiça a prorrogação do inquérito, alegando que precisa de mais tempo para investigar o caso. O Ministério Público concordou com a prorrogação, mas a Justiça ainda não decidiu.

* com informações da Rádio CBN Campinas