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Estudo conclui que a desigualdade de renda no Brasil sobe desde 2015;
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Pesquisadora apresentou alguns resultados preliminares do estudo durante palestra em agosto;
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Desde 2015, a população com renda per capita inferior a um salário mínimo já chegou a perder cerca de 40% de seus rendimentos.
Estudo conduzido por pesquisadores do Centro de Estudos da Metrópole (CEM), apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), aponta que a desigualdade de renda no Brasil voltou a cresceu desde 2015, após décadas de um processo sustentado de inclusão social.
A professora do Departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) e pesquisadora do CEM, Martha Arretche, apresentou alguns resultados preliminares do estudo durante uma palestra proferida no evento 'Escola FAPESP 60 anos: Humanidades, Ciências Sociais e Artes' em agosto.
“A partir de 2014 os governos começaram a reduzir o gasto com programas sociais elaborados no período anterior para proteger os mais pobres e, desde 2015, com o começo da crise no mercado de trabalho, o desemprego dobrou no Brasil”, afirmou a docente. "Nesse cenário, em que o desemprego e a pobreza cresceram e a proteção social caiu, os mais pobres foram os maiores perdedores”.
Segundo Arretche, desde 2015, a parcela da população com renda per capita inferior a um salário mínimo chegou a perder cerca de 40% dos rendimentos.
Em contrapartida, aqueles que tinham uma renda per capita de dois salários mínimo ou mais perderam menos.
*As informações são do Poder 360 e da FAPESP.