Ao longo da história de Rondônia, tem-se observado que, por diversas vezes, os surtos de desenvolvimento têm beneficiado apenas algumas parcelas da população, não chegando a representar benefícios substanciais a um expressivo segmento. Diante das expectativas que têm sido geradas pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) lançado pelo Governo Federal, é importante que os segmentos organizados da sociedade civil, juntamente com os dirigentes das instituições governamentais, somem esforços no sentido de garantir-se que a população rondoniense, no seu todo, se aproprie dos resultados positivos que deverão advir dos investimentos que serão feitos no Estado.
Neste sentido, convém observar que nunca se fez tão oportuno trazer a discussão a concretização da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de Rondônia (Fapero), que, embora conste prevista na Constituição do Estado, ainda não se concretizou no cenário institucional. Basta olhar para o que representa a Fapesp para o desenvolvimento do Estado de São Paulo para se ter uma idéia do que poderá significar a implantação da Fapero.
Reunindo, só na sua capital, mais de uma dezena de instituições de ensino superior - Unir, Faro, Fatec, Uniron-Unipec, FIP, Fimca-Metropolitana, São Lucas-São Mateus, Católica, Metodista, Iles-Ulbra e mais os pólos de ensino a distância de outras faculdades - Rondônia dispõe hoje de um enorme quadro de profissionais da ciência, ávidos em empreender pesquisas e dar aplicação prática a seus conhecimentos.
É oportuno observar que, diante de tanta disposição do Governo Federal em direcionar recursos para investimentos no Estado de Rondônia, é cabível a reflexão sobre a importância que tem, para a sustentabilidade do desenvolvimento social e econômico, investir em pesquisa científica, uma mínima parcela que seja dessas verbas. O que não será nada de inusitado, pois tanto o Governo Federal, como o do Estado, têm mantido como marca, nesses cinco anos, a determinação em promover o desenvolvimento.