Em 2023, quase 50% dos jovens adultos entre 15 e 25 anos na África do Sul estavam desempregados, segundo dados do Banco Mundial. Essa realidade, marcada pela miséria, gerou os chamados zama-zamas, que são pessoas que se arriscam em minas abandonadas em busca de recursos. Essa situação é comparável à vivida no Brasil, onde muitos jovens enfrentam a falta de oportunidades e educação, refletindo um cenário de desespero e busca por alternativas.
O governo sul-africano tem enfrentado dificuldades para controlar a entrada de pessoas nas minas, bloqueando suprimentos para tentar desestimular essa prática perigosa. A retirada de mais de 4.000 mineiros ilegais é um desafio contínuo. No Brasil, a realidade é semelhante, com um grande número de jovens sem perspectivas, conhecidos como nem-nens, que carecem de qualificação e oportunidades de trabalho.
A solução para essa crise passa pela educação e investimento em ciência e tecnologia. O Brasil tem visto um aumento no número de doutores e instituições de pesquisa, mas o corte de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) pode ter consequências devastadoras. Investir em educação e inovação é crucial para o desenvolvimento econômico e social do país.
A criação de instituições como a Embrapii e a FAPESP tem sido fundamental para o avanço da pesquisa e inovação no Brasil. No entanto, a proposta de cortar investimentos do FNDCT, que não afetam o orçamento federal, é considerada um erro grave. Essa decisão pode aumentar o número de jovens sem futuro, transformando-os em zama-zamas em busca de sobrevivência em condições extremas.