São Paulo. Cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, anunciaram uma importante conquista que poderá levar ao desenvolvimento de testes mais eficientes para depressão, segundo a Agência Fapesp.
Os pesquisadores identificaram uma mudança na localização de uma proteína especifica encontrada no cérebro. A descoberta, segundo eles, oferece uma oportunidade para desenvolver um marcador biológico para a depressão. Os resultados foram publicados no "Journal of Neuroscience". Benefícios.O marcador poderá levar ao desenvolvimento de exames laboratoriais mais simples e mais rápidos para identificar pessoas com o problema. A alteração também poderá ser usada para determinar se a terapia antidepressiva está sendo bem-sucedida ou não.
"Um teste como esse deverá servir para avaliar a eficiência da terapia empregada rapidamente, em quatro ou cinco dias após o início, o que permitirá aos pacientes evitar a agonia de ter que esperar por um mês ou mais para descobrir se estão ou não no regime terapêutico correto", disse Mark Rasenick, professor de fisiologia, biofísica e psiquiatria e um dos autores do estudo.
Apesar de décadas de pesquisas, a base biológica da depressão permanece desconhecida. Por conta disso, os alvos moleculares e celulares dos tratamentos continuam elusivos — ainda que as drogas tenham um ou mais alvos. Segundo Rasenick, a descoberta poderá ajudar milhões de pessoas que sofrem de depressão.