O Instituto Butantan, órgão vinculado ao Estado de São Paulo, publicou os primeiros resultados do ensaio clínico da fase 3 da vacina contra a dengue no New England Journal of Medicine , uma das mais prestigiosas revistas científicas do mundo.
Feito com os quatro tipos de vírus da dengue atenuados, o imunizante de dose única evitou a doença em 79,6% dos vacinados ao longo de dois anos, com proteção tanto de quem já tinha tido dengue como daqueles sem infecção prévia.
De acordo com o Ministério da Saúde , de janeiro até meados de fevereiro de 2024 foram registrados 1,3 milhão de casos prováveis de dengue no Brasil, com 343 mortes confirmadas e 775 sob investigação.
Um marco importante deste processo ocorreu em 2017, quando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apoiou o Butantan com R$ 97,2 milhões para custeio de ensaios clínicos e construção de uma planta de escalonamento para fornecimento da vacina contra a dengue.
Os recursos não reembolsáveis do Fundo Tecnológico do Banco (BNDES Funtec) corresponderam a 31% do investimento total, no valor de R$ 305,5 milhões.
Composto de partes do lucro do Banco, o BNDES Funtec apoia projetos de pesquisa aplicada, desenvolvimento tecnológico e inovação.
“O BNDES apoia a vacina do Butantan desde 2008 em uma aposta na ciência brasileira. Na época, apoiamos o processo de liofilização da vacina – a transformação dela em pó para ser levada aos lugares mais longínquos sem a necessidade de uma cadeia de frios, o que encarece o processo. Esperamos que, em breve, a vacina esteja nos braços da população brasileira como umas principais medidas de prevenção à dengue”, disse o superintendente da Área de Indústria, Inovação e Comércio Exterior, João Pieroni.
Fonte: Agência de Notícias do BNDES