A vacina para crianças e adolescentes alcançou apenas metade da meta na 1ª dose, e menos de 20% na 2ª. Objetivo do Ministério da Saúde é de 90 %
Por Fábio Gabriel
A dengue continua sendo uma preocupação anual para a população brasileira, especialmente durante o verão. Em 2024, o país registrou mais de 6,4 milhões de casos da doença, com quase seis mil mortes. No Espírito Santo, foram 128.874 casos, resultando em 41 óbitos confirmados. Já nos primeiros dias de janeiro deste ano, a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) confirmou 2.191 novos casos, incluindo dados da última semana de dezembro de 2024.
Para combater o avanço da dengue, uma vacina foi criada em 2023, destinada inicialmente ao público infantojuvenil. A decisão foi tomada pelo Ministério da Saúde, em conjunto com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros órgãos, considerando que essa faixa etária apresentou maior proporção de hospitalizações pela doença nos últimos anos. O Instituto Butantan, já começou também a produzir a vacina.
O Governo do Espírito Santo tem reforçado as campanhas de vacinação, utilizando mensagens de texto e e-mails para alertar pais e responsáveis sobre a importância de imunizar crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Esse esforço inclui o trabalho das equipes de saúde nos municípios e visa garantir que todos recebam as doses necessárias.
A coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Danielle Grillo, destacou a importância da vacinação para a saúde coletiva, “A vacinação não é apenas uma questão de proteção individual, mas um compromisso com a saúde de todos. Estar com as vacinas em dia reduz a circulação de vírus e bactérias, protegendo tanto o indivíduo quanto a comunidade. Por isso, vacinar-se é um ato de responsabilidade e solidariedade”, declarou
Cobertura vacinal em números
Dados da SESA mostram que 113.189 crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos receberam a primeira dose da vacina contra a dengue, representando 45,8% de cobertura. Para a segunda dose, o número cai para 43.405 imunizados, ou apenas 17,69%. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é atingir 90% de cobertura vacinal.
Grillo reforçou o alerta para a importância de respeitar o calendário vacinal, “Deixar de vacinar no prazo adequado expõe crianças e adolescentes a formas graves e até fatais de doenças. A vacinação é um direito fundamental e uma das formas mais eficazes de proteger a saúde das novas gerações”.