Tanto este computador que uso para escrever quanto esse que você está usando para ler têm um passado. Uma história de experimentos, erros, acertos, evoluções. Há muita gente, viva e morta, que suou conhecimento para essa tecnologia chegar até nós.
Cientistas, técnicos, engenheiros, matemáticos, empresários, entre inputs outros, cruzaram vários caminhos para que eu e você pudéssemos nos relacionar instantaneamente a distância. Pudéssemos fazer dessa ferramenta eletrônica uma oportunidade de diálogo.
Eles e elas erraram para burro! E por fim acertaram na mosca! Todo grande sucesso, antes de sê-lo, teve uma quantidade enorme de erros. Uma lição que a ciência nos dá: só se acerta depois de muito tentar, só se encontra depois de exaustivamente procurar.
Bruce Alberts, bioquímico e professor emérito da Universidade da Califórnia, em entrevista à revista Pesquisa Fapesp, afirma que o fracasso é parte do jogo da ciência. E pessoas bem-sucedidas são as que aprendem com os erros. Bruce conclui: "Quando nos tornamos mais velhos, ficamos mais sábios porque já erramos muito".
Tenho para mim que a dupla erro-acerto não tem a ver apenas com a ciência, mas com a vida em sentido amplo. O cotidiano é puro experimento mesmo para os mais experientes. Errar no sal do arroz até acertar a pitada direitinho.
Errar no amor até compreender o que a parceira ou o parceiro realmente necessita e deseja. Parece que o universo é uma questão de ajuste. Um desafio até esbarrar com o tom preciso, com a harmonia desvelada.
Mas, cara-pálida, como fazer tudo isso? Não sou tão velha a ponto de ter a resposta. Não errei tudo que tinha para errar. Mas - como na ciência - uma boa dica é descobrir de onde as coisas vêm. E como elas caminharam do passado ao presente.
Aí é uma vertigem constatar que a maioria das coisas do universo tiveram seu início muito antes dos nossos pais, avós e bisavós terem nascido. Por exemplo, a ânsia pela informação e a vontade de nos comunicarmos.
Informação e comunicação são da Idade da Pedra e, só depois de infinitos erros e acertos, pousaram nos nossos computadores. Para avançarmos ainda mais, a pergunta continua sendo: onde podemos melhorar?