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De máscara a móveis, CDMF de São Carlos segue aprimorando partículas antimicrobianas (5 notícias)

Publicado em 20 de abril de 2021

Desde o início da pandemia, o Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), sediado na UFSCar, vem empreendendo esforços concentrados visando a aplicação do conhecimento produzido ao longo de décadas ao enfrentamento da Covid-19.

Esta busca – associada ao desenvolvimento, caracterização e uso de partículas nanoestruturadas a base de prata como agentes antimicrobianos (bactericidas, fungicidas e antivirais) em diferentes materiais – acontece em parceria com a Nanox, empresa spin-off do CDMF especializada nesses aditivos nanoestruturados.

Já em abril de 2020, apenas 50 dias após a confirmação do primeiro caso de Covid-19 no Brasil, a Nanox, em parceria com uma empresa de brinquedos (que buscava converter sua produção para materiais voltados ao enfrentamento da pandemia), lançou as máscaras reutilizáveis Oto, fabricadas em polímero com as partículas adicionadas. Naquele momento, ainda não havia comprovação da ação virucida do material, mas a ação bactericida e fungicida já prometia colaboração na prevenção de infecções oportunistas.

Posteriormente, colaboração com o Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP) e com o Laboratório de Química Teórica e Computacional da Universitat Jaume I, na Espanha, permitiu verificar a ação das partículas nanoestruturadas especificamente na eliminação do Sars-Cov-2, vírus causador da Covid-19.

Desde então, os aditivos já foram aplicados a diferentes materiais, de tecidos usados na fabricação de máscaras e roupas a, mais recentemente, couro que pode ser usado na fabricação de móveis, vestimentas e outros objetos como carteiras e bolsas. Também foram desenvolvidos filmes plásticos que podem ser usados em embalagens de alimentos e como películas protetoras, por exemplo nas telas de smartphones.

CDMF

O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN)

Por José Angelo Santilli - santilli.jornalismo@gmail.comtarget="_blank">santilli.jornalismo@gmail.com