RIO DE JANEIRO - Dados divulgados na semana passada pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontam que 104.181 casos de intoxicação humana e cerca de 500 óbitos foram registrados em 2007 pelos Centros de Informação e Assistência Toxicológica em todo o país.
Medicamentos (30,7%), animais peçonhentos (20,1%) e produtos de limpeza domiciliar (11,4%) foram os principais agentes que causaram intoxicações em humanos naquele ano. Com cerca de 25% do total de casos, as crianças menores de 5 anos se mantiveram como a faixa etária mais atingida.
O Sinitox tem o objetivo de coordenar o processo de coleta, compilação, análise e divulgação dos casos de intoxicação e envenenamento no Brasil. Os casos são registrados pela Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Renaciat), por meio de 35 centros de informação e assistência toxicológica localizados em 18 estados brasileiros e no Distrito Federal.
A região Sudeste registrou cerca de 46% dos casos de intoxicação humana, seguido da região Sul com cerca de 30%. De acordo com o Sinitox, as três maiores letalidades por agente tóxico foram observadas para os agrotóxicos de uso agrícola, drogas de abuso e raticidas.
Por outro lado, a principal circunstância das intoxicações são os acidentes individuais, coletivos e ambientais, que são responsáveis por cerca de 55% do total de casos registrados, seguido da tentativa de suicídio e da atividade de ocupação.
Os dados do Sinitox alertam ainda que o sexo masculino apresenta o maior número de mortes por acidente com agrotóxicos de uso agrícola, com 112 registros em 2007, seguido pelas drogas de abuso (58), raticidas (26) e medicamentos (24).
Para o sexo feminino, destacam-se os medicamentos, com 53 óbitos, agrotóxicos de uso agrícola (50) e raticidas (20). Dentre os quase 21 mil envenenamentos por animais peçonhentos registrados em 2007, os escorpiões contribuíram com quase 6 mil dos casos, seguidos por serpentes e aranhas.
Os dados divulgados pelo Sinitox podem ser acessados no site do sistema e estão disponíveis em nível nacional ou por região.
As informações são da Agência Fapesp