Demonstrar aos pesquisadores a necessidade de divulgarem o andamento e os resultados de suas pesquisas, de modo a possibilitar que toda a sociedade tenha conhecimento de seu trabalho e de sua importância. Esse é um dos objetivos da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte (FAPERN), com a realização do Curso de Capacitação em Jornalismo Científico, nos dias 1º e 2 de outubro, no Anfiteatro das Aves do Centro de Biociências da UFRN. O tema é Interações entre Mídia e Ciência.
Além de terem “obrigação social” de tornarem públicos os resultados das pesquisas apoiadas, via de regra, com recursos públicos, os pesquisadores agora têm mais motivos para fazer divulgação científica. Desde março, a Plataforma Lattes do CNPq adotou dois novos critérios de avaliação e um deles tem como base, a descrição das iniciativas de divulgação e educação científica realizadas pelo pesquisador.
O presidente do CNPq, Glacius Oliva, afirmou à época que se antes os cientistas faziam suas pesquisas em laboratórios fechados e pouco divulgavam seus trabalhos, por considerar ser papel do jornalista ou professor levar a informação científica à sociedade, hoje se percebe que isso não é o suficiente. “O país precisa de uma ciência cada vez mais antenada com a sociedade, e para isso, o cientista deve reconhecer o seu papel de engajamento no cotidiano das pessoas”, ressaltou.
O Curso terá 12 horas de duração, dividido em palestras e exercícios de divulgação científica. Na segunda-feira, 1º de outubro, serão realizadas as palestras “Política científica e política tecnológica: isso dá pauta?”, proferida pelo físico Ildeu de Castro Moreira, diretor do Departamento de Difusão e Popularização da Ciência/MCTI e professor do Instituto de Física e do Programa de Pós-Graduação em História da Ciência e das Técnicas e Epistemologia da UFRJ; e “Novos modelos e paradigmas para o jornalismo que cobre ciência e tecnologia”, proferida pelo jornalista Ricardo Alexino Ferreira, professor efetivo da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo – ECA/USP.
O segundo dia também terá duas palestras. Pela manhã, será a vez do diretor do Instituto do Cérebro (ICe) da UFRN, o neurocientista Sidarta Ribeiro, falar sobre “Um pesquisador que sabe cavar pautas”; e à tarde, a diretora de Redação da Revista Pesquisa Fapesp, Mariluce Moura, apresentará a palestra “Dá pra falar de ciência jornalisticamente?”.
O curso também é destinado a jornalistas que atuam nos diversos veículos de comunicação (jornais, TV, rádio, Internet etc.) e em assessoria de imprensa/comunicação de instituições de pesquisa e inovação.
Com a realização do curso, a FAPERN está cumprindo o objetivo de apoiar ações de difusão e popularização da CTI como estratégia para promover a inclusão social, previsto no Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio Grande do Norte 2011-2020.
A participação é gratuita para os inscritos. A ficha de inscrição e a orientação de como se inscrever estão disponíveis no site da FAPERN (http://www.fapern.rn.gov.br/contentproducao/aplicacao/fapern/fapern_destaque/gerados/)