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CSN: Siderúrgica lucra com parceria com universidade

Publicado em 09 junho 2003

Pelos cálculos da gigante Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a melhoria de produtividade da usina siderúrgica; somada ao aumento da qualidade dos aços ali obtidos, resultou em ganhos da ordem de US$ 85 milhões durante um período de, 14 anos de convivência com a Universidade Federal de São Carlos (UFScar) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Araraquara. A reportagem está na última edição da Revista Pesquisa, publicada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O lucro foi decorrente da aplicação de 41 projetos para implementação de novas metodologias e processos após pesquisas realizadas pelo Laboratório Interdisciplinar de Eletroquímica e Cerâmica (Liec), existente nas duas universidades, junto com o Centro de Pesquisas da CSN. Esse laboratório faz parte há três anos do Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos (CMDMC), um dos dez Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) que fazem parte de um programa especial criado pela FAPESP. Os ganhos da CSN com as inovações representam um volume de dinheiro considerável para um país com pouca tradição no incentivo à pesquisa e desenvolvimento. Esse valor é ainda maior se considerarmos que boa parte dele resultou da evolução em cerâmicas refratárias, um insumo que, há menos de dez anos, pesava na pauta das importações brasileiras. Os ganhos e a reviravolta nesse ponto da balança comercial foram atingidos graças à qualificação conquistada pelo Liec e pelos pesquisadores da CSN, que esparramaram seus conhecimentos por toda a cadeia produtiva, desde as indústrias de matéria-prima para os fabricantes de refratários até as siderúrgicas. Hoje, muitas nacionais, tornaram-se exportadoras de tecnologia de refratários em magnésio-carbono e magnésio - carbono - alumínio.