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Crise nos recursos humanos (7 notícias)

Publicado em 07 de maio de 2022

A pandemia está reduzindo o número de mestrados e doutorados em 2020 e a baixa convocação de diplomas está gerando debate sobre o longo prazo da fórmula que abastece pesquisadores e profissionais de alto nível no Brasil.

A fórmula de pós-graduação do Brasil foi surpreendida pela pandemia inédita em sua história. A rede de 4. 600 programas de mestrado e doutorado, culpados de um componente significativo dos estudos realizados no país e da formação de profissionais altamente qualificados, comprometeu a suspensão. de atividades presenciais nas universidades o surgimento do fitness. Em 2020, outras 20 mil pessoas receberam o doutorado no Brasil, 18% a menos do que os 24,4 mil graduados em 2019, segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O número de novos professores caiu quase 15%, passando de 54 mil em 2019 para 46 mil em 2020.

Os alunos que contavam com relatórios de caixas e o uso de laboratórios para realizar seus projetos foram mais afetados do que aqueles que puderam pintar remotamente. Enquanto os cursos de ciências biológicas registraram queda de 29% nos graduados, nas ciências sociais implementadas, contração de 10%. Essa desaceleração repentina interrompeu um círculo virtuoso de expansão que durou um quarto de século: em 1998, o país tinha apenas 3. 900 médicos e 12. 000 professores.

O conhecimento preliminar implica um alívio extra na 2021. Se espera alguma reação a partir deste ano, mas não há consenso sobre sua intensidade ou sobre a opção de retomar o ritmo de expansão passada. “A tendência é de uma recuperação lenta, já que os efeitos da pandemia somados às recentes políticas de retirada da ajuda à ciência podem ter um efeito negativo há muito tempo”, diz Renato Pedrosa, pesquisador do Departamento de Política Científica e Tecnológica da Universidade Estadual de Campinas (DPCT-Unicamp).

O engenheiro agrônomo Marcio de Castro Silva Filho, pró-reitor graduado pela Universidade de São Paulo (USP), vê a queda como um fenômeno previsível. tempo para concluir o curso até dois anos, já que muitos de nossos bolsistas têm tido dificuldade em realizar seus estudos em laboratórios fechados”, diz. Segundo Castro, alguns dos companheiros pediram o adiamento. Em 2019, a USP formou 3. 876 mestrados e médicos Ele percebeu que essa cota caiu para 2. 900 em 2020 e 2. 878 em 2021, mas espera até 2022 a qualificação de muitos dos que estenderam o prazo. “Não notamos um aumento na taxa de abandono”, explica o profissional-reitor.

A perspectiva de um freio na queda é favorecida por dois indicadores. As bolsas de doutorado concedidas pela Capes, que ajudam um terço dos matriculados no país, têm uma maior quantidade de pandemia. Eram cerca de 44. 500 em 2018, abaixo dos 43 mil em 2019, mas atingiram seu ponto mais produtivo em 2020, com 46 mil acadêmicos acompanhados. O número total de doutorandos também aumentou para 146. 600 em 2020. De qualquer forma, a funcionalidade é influenciada por tempos de chumbo mais longos e retenção de alunos.

Outras universidades estão coletando evidências de que a crise pode ter causas estruturais, que vão além da desorganização causada pelo Covid-19. Desde 2014, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) formou cerca de 1. 500 mestrados e 1. 000 doutorados por ano. – em 2020 e 2021, esse número caiu cerca de 35%. Mas esse não é o único indicador negativo. A química Denise Guimarães Freire, pró-reitora de pós-graduação e estudos da UFRJ, chama a atenção para o que parece ser uma queda no interesse por esse tipo de educação. De fato, o número de novos inscritos nos cursos stricto sensu da UFRJ também diminuiu: de quatro mil em 2018 para 3,5 mil em 2021.

Os atributos de Freire substituem um conjunto de fatores. Uma das principais seria a erosão do preço das bolsas concedidas por meio dos órgãos federais da Capes e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Em 2013, as bolsas de valores foram reajustadas pela última vez e a inflação acumulada, medida pelo PGI-M, chegou a 117%. Claro, e entrar no mercado mais tarde, em condições mais favoráveis. Com subsídios de empresas federais tão depreciados, a estratégia é inatingível”, explica.

Também vê uma inversão de expectativas relacionadas à carreira de coaching nas universidades, que é o principal destino dos médicos: segundo o conhecimento do Centro de Estudos em Gestão e Estratégia (CGEE), dois dos 3 médicos contratados em 2017 trabalharam no topo. setor. educação. . “” Há uma crença crescente de que ser pesquisador não vale mais a pena, pois as oportunidades são escassas e o investimento é escasso. Isso ajudou a evitar um processo mais qualificado”, diz. 80% da ciência produzida no Brasil conta com a participação de estudantes de pós-graduação. A pesquisa é amplamente apoiada por meio dessa força de trabalho profissional, ao mesmo tempo em que executa projetos semelhantes à ciência, geração e inovação em universidades e instituições clínicas.

Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o número de bolsistas de mestrado e doutorado passou de 4. 400 na primeira parte de 2020 para 6. 600 na atual parte de 2021. Isso é resultado da diminuição das teses e das defesas de teses: 1. 759 em 2020 e 1. 112 em 2021. Segundo a pró-reitora de pós-graduação da UFPE, Carol Leandro, o conhecimento mascara uma queda na demanda, especificamente nas ciências de engenharia e fitness. “Há uma falta de motivação. Vários sistemas tiveram que passar por duas variedades de processos por ano para deixar as vagas, algumas das quais obtiveram classificação 6 e 7, que são as mais altas”, diz Leandro, pesquisador do Departamento de Nutrição da UFEP.

“Algo grave está acontecendo”, acrescenta a cientista política Rachel Meneguello, pró-reitora de pós-graduação da Unicamp. O estabelecimento notou uma contração no número de professores e médicos formados, de 2. 155 em 2019 para 1. 847 em 2021, em parte devido à extensão dos prazos concedidos durante a pandemia. Agora, em 2022, também significa 30% menos matrículas em mestrados. Os procedimentos de seleção tiveram uma demanda limitada, o que indica um procedimento imaginável para a retirada de profissionais dos programas de pós-graduação. “No meu programa de ciência política, tínhamos uma média de 80 candidatos por ano e, desta vez, cerca de 40. ” Há um pequeno aumento no número total de bolsistas de doutorado matriculados na universidade, mas Meneguello está preocupado que isso seja apenas resultado da contenção de bolsistas na pandemia. “As bolsas não são suficientes para manter uma determinação de anos de estudos em uma posição privilegiada para viver como Campinas. ” Ela luta para se opor à situação. “Mesmo que a produção de conhecimento volte a ser valorizada, haverá poucos recursos para preencher a lacuna criada nos últimos anos entre a produção de recursos humanos obrigatórios e o investimento aplicado à educação e aos estudos. “

Sistemas em outros países também sofreram com a bagunça causada pelo Covid-19. Uma pesquisa anual realizada pela National Science Foundation, principal empresa de ciência fundamental dos Estados Unidos, mostrou que o número total de doutorados concedidos no país aumentou de 55. 614 em 2019 para 55. 283 em 2020. Isso é muito pouco, porém, o contingente se desenvolveu a taxas médias de 3,1% consistentes com o ano desde 1957, quando a pesquisa começou, com foco específico nas áreas de ciência e engenharia, com 77% dos graus em 2020, contra 58% em 1979.

No caso brasileiro, alguns sintomas de crise já foram anunciados antes da emergência fitness. Um relatório do ex-presidente da Capes Abílio Baeta Neves e da Concepta McManus da Universidade de Brasília (UnB) analisou outras facetas da funcionalidade dos brasileiros. o ensino superior entre 2009 e 2020 mostrou que, mesmo em situação de expansão no número de graduados, há uma diminuição das matrículas nos sistemas de pontos mais elevados -6 e 7- entre 2016 e 2019, aqueles com maior integração externa -e aumento das taxas de abandono e conclusão, especificamente nas ciências da engenharia, tanto precisas quanto agronômicas. As taxas médias de abandono, 12,4% no ponto de mestrado e 11,6% no ponto de doutorado, são mais expressivas no momento e nos cursos de menor graduação. “As razões para a deserção não são claras e requerem mais estudos”, diz Baeta Neves. “Eu prestaria atenção a fatores conectivos, como o arrefecimento da economia, e fatores estruturais, como o preço das bolsas e o descompasso com as expectativas dos alunos. “

Ao mesmo tempo em que destaca a boa sorte da expansão do sistema na última década e sua multiplicação em todas as regiões brasileiras, o relatório trouxe outros indicadores preocupantes. Um deles é a grave falta de investimento. “Muitos projetos de pós-graduação são realizados sem nenhum tipo de investimento ou bolsa”, explica Baeta Neves. Em 2020, mais de uma parte dos projetos de pós-graduação em geral não obteve qualquer tipo de apoio. O cenário é mais crítico nas áreas de literatura, linguística e artes (cerca de 70%) e ciências sociais aplicadas (60%). “Acontece que tiramos leite de pedra”, diz Baeta Neves. O estilo de investimento seguido no Brasil nas últimas décadas concentra-se no apoio a projetos, por meio de órgãos como o CNPq e fundações estaduais, e na concessão de bolsas de estudos aos acadêmicos que participam desses projetos. Array com ênfase em Capes. Pedrosa, da Unicamp, sugere que esse cenário pode variar de uma região para outra, dependendo da capacidade de cada estado de investir em ciência. “Em São Paulo, houve aumento da arrecadação estadual e, consequentemente, do orçamento da FAPESP. A menos que o cenário externo se complique, isso manterá os investimentos para um forte conjunto de projetos no estado.

A fórmula de pós-graduação do Brasil é uma estrutura das últimas seis décadas e tem um dos mais produtivos do mundo. Em 1965, um parecer do Conselho Federal de Educação organizou-o na linha vigente até hoje, em duas táticas – stricto sensu, destinadas às carreiras educacionais, e lato sensu, aquelas desenvolvidas em empresas e outras atividades – e estabeleceu as categorias de mestrado e doutorado. orçamento do programa. A avaliação tem um efeito organizador e multiplicador da fórmula, especialmente nas universidades públicas.

A recente queda na chamada levantou outras questões: por que continuar aumentando o número de mestrado e médicos ano após ano?”Nossa fórmula nasceu basicamente para exercer o corpo docente, mas hoje em dia as universidades contratam cada vez menos”, diz Pedrosa. “O ensino superior privado continua a crescer, mas não há pressão para alugar médicos. “% entre 2016 e 2019, segundo o Instituto Semesp, e pro ejercicio. másteres. , seguido pela Capes -mais de 62 mil inscritos em 2019, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Pedagógicas (Inep), empresa do Ministério da Educação.

Comparações internacionais mostram que o Brasil forma menos recursos humanos de alto nível do que os países desenvolvidos. Com 10,4 médicos por 100. 000 habitantes, o país supera México (7,6), Turquia (7,6) ou Chile (3,8), mas está longe dos Estados Unidos (21,9), Alemanha (34,4) e Reino Unido (42,7). Há uma perspectiva de expansão em universidades mais novas que ainda estão se consolidando. “Em alguns espaços de conhecimento, a proporção de bolsistas consistentes com o professor nos programas é baixa e a oferta de bolsas pode ser ampliada”, diz Baeta Neves. “Pode haver, no entanto, um limite seguro para regiões dadas pela população que conseguem ter sucesso em consonância com a educação. “A pandemia é outra coisa que agrava esse desafio, pois também afetou o número de graduados. egressos de universidades federais e queda de 20% nas universidades estaduais em relação a 2019, segundo o conhecimento do Censo da Educação Superior do Inep.

A cientista política Elizabeth Balbachevsky, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Humanidades da USP, diz que o Brasil continuará querendo uma força de trabalho altamente profissionalizada e uma atividade expressa de educação para estudos, essa chamada varia de setor para setor. “Existem campos muito competitivos que querem esses tipos de profissionais, como TI, tecnologia de dados, inteligência sintética. O agronegócio de ponta também é necessário”, explica. Ele ressalta, no entanto, que muitas corporações brasileiras ainda têm como estratégia a replicação de tecnologias maduras. “Para um componente significativo do setor empresarial, a lógica da imitação é válida, na qual você terá que ter, no máximo, habilidades de engenharia opostas. Não quero alugar um estudioso, um engenheiro inteligente é suficiente.

O conhecimento máximo recente sobre o mercado de trabalho pós-graduado no Brasil antecede a pandemia e tem indicado um cenário de emprego muito mais favorável do que a população média. O mais novo volume da série Mestrado e Doutorado, produzido por meio do Centro de Estudos Estratégicos e Gerenciais (CGEE), publicado há 3 anos e mostrou que 72,3% dos 230 mil médicos e 62,2% dos cinco 70 mil professores brasileiros estavam oficialmente empregados. Em 2016, quando as taxas de expansão do Produto Interno Bruto e do Emprego no Brasil caíram particularmente (-3,3% e -4,2%, respectivamente), as taxas de expansão do emprego formal de professores (6%) e médicos (8,6%), segundo o estudo.

Uma das explicações para essa funcionalidade é o fato de um componente significativo desses profissionais pintar na administração pública, onde o emprego é estável. o ponto estatal – apenas 9,6% em empresas pessoais. Entre os mestrados, há maior participação no setor pessoal: 22,7% na administração federal, 19,8% no estado e 22,2% em empresas pessoais. Em 2017, o salário médio foi de R$ 16 mil para doutorado e R$ 10. 800 para mestrado – os maiores salários foram registrados nas áreas de ciências sociais e engenharia implementadas. “A absorção de pessoal de pós-graduação não se limita ao emprego formal”, explica Sofia Daher, assessora técnica do CGEE que coordena essas publicações. Em um estudo em andamento, praticamos que 16,8% dos médicos se declaram donos de empresas, um sinal de que alguns deles são atraídos pelo empreendedorismo. rbarco

O sociólogo Simon Schwartzman, do Instituto de Estudos de Política Econômica do Rio de Janeiro, chama a atenção para uma faceta que considera negativa na pós-graduação no país: a manutenção do mestrado, na prática, como exigência para o doutorado e, consequentemente, uma permanência excessivamente longa de bolsistas na universidade. Em estudo publicado recentemente em seu site, Schwartzman mostrou que, nos Estados Unidos, 44,7% dos médicos se formam antes dos 30 anos, contra apenas 10,5% no Brasil (ver tabela).

“Em outros países, outros jovens brilhantes vão direto para o Doutorado e, após a publicação de dois ou três artigos aplicáveis, eles já são pesquisadores treinados”, diz ele. As universidades brasileiras só admitem excepcionalmente acadêmicos diretamente ao doutorado. Nos países da União Europeia, o desafio surgiu através da redução da duração da educação: o bacharelado dura de 3 a 4 anos, o mestrado de um ano e meio a dois anos e o doutorado de dois a quatro anos. Segundo Schwartzman, a educação retrógrada é destrutiva em alguns espaços de conhecimento. “Em matemática, por exemplo, fica estabelecido que se o pesquisador não fizer uma contribuição aplicável antes dos 30 anos, ele não fará uma contribuição aplicável desatualizada. Ciências sociais.

“A concepção do ensino superior no Brasil é institucionalmente incorreta”, acrescenta Balbachevsky. “Um estilo que ajuda a manter uma habilidade jovem dentro da universidade por tantos anos com salário mínimo não é sustentável. “estilo: apenas uma minoria dos companheiros conseguem dedicar-se exclusivamente aos estudos. projetos de extensão. Eles têm uma riqueza de experiência e podem penetrar bem no mercado. Balbachevsky defende a manutenção de programas de mestrado, mas não como pré-requisito para um doutorado. mercado de tarefas”, diz ele.

A diminuição do número de graduados e do número de graduados corrobora um momento turbulento no ensino superior brasileiro. No ano passado, o processo de avaliação de quatro anos do programa Capes, que se passa desde a década de 1970, foi contestado em um tribunal sem precedentes. A publicação da realização do curso, que recebe notas de 3 a 7, está suspensa (ver Pesquisa FAPESP n° 309). Ainda por causa da pandemia, a discussão do Plano Nacional de Pós-Doutorado (PNPG) para a década de 2021 a 2030 ainda não foi realizada e não se sabe quais serão os objetivos que serão cumpridos nos próximos anos.

O relatório de Baeta Neves e McManus foi produzido quando o ex-presidente da Capes assumiu a Presidência da República Paschoal, criada por meio do pró-reitor de pós-graduação da USP, e seu objetivo era justamente trazer reflexões e propor invenções para a próxima PNPG. Uma pergunta básica O que se levanta no documento é se os tribunais não eram indiferentes às necessidades da sociedade brasileira. Baeta Neves observa que até o perfil do professor sofreu uma modificação. domínio da sabedoria e que está comprometido com os estudos universitários. Espera-se também que a sabedoria econômica e social valorize e produza invenções. Somos capazes de adaptar os programas a essa realidade?” ele pergunta.

Entre as recomendações, o relatório afirma o desejo de investir mais na qualidade dos sistemas do que em sua expansão, com a integração de professores e acadêmicos de regiões, estabelecimentos e disciplinas, e aposta em formatos mais flexíveis e de menor duração, como evidenciado através da convocação para cursos de MBA. O documento também considera que a experiência recente de pinturas remotas é aplicável para ampliar a cooperação externa. bem como a formação de redes nacionais e estrangeiras”, afirma o relatório.

Esse medo de qualidade e inter-relação com o setor produtivo é compartilhado por meio de gestores educacionais. Maria Valnice Boldrin, pró-reitora de pós-graduação da Universidade do Estado de São Paulo (Unesp), argumenta que a discussão na nova PNPG merece buscar uma relação mais próxima com os desejos das empresas. “Queremos ir além do modelo productivista, que foca em sinais como o número de empregos clínicos, e buscar táticas para gerar impacto, pensando na inserção no setor produtivo”, diz.

Castro Silva, da USP, acredita que a fórmula está saturada em algumas regiões e merece buscar novos formatos. “Estamos muito ligados a uma compartimentação do conhecimento. Seria mais produtivo criar programas em rede, combinando habilidades de diversas disciplinas e instituições, para enfrentar problemas complexos”, sugere. Meneguello, da Unicamp, concorda que houve dificuldades em acompanhar ajustes significativos na sociedade. “Queremos refletir sobre o que aconteceu durante a pandemia, repensar os currículos, estar oferecendo cursos que consomem menos tempo e se adaptam à demanda. Mas não pense que um dos objetivos do ensino superior é sustentar a ciência fundamental, o que leva tempo”, diz.

A presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Flávia Calé da Silva, 37, afirma que a crise de investimentos para bolsas de mestrado e doutorado gerada pelo fracasso do último Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG), que durou de 2011 a 2020. “O plano levou à expansão dos espaços do programa e tem atraído um grande número de acadêmicos para o sistema, mas não tem se envolvido na implementação de mecanismos para financiá-los adequadamente. Tanto que as bolsas federais firmes não são reajustadas há nove anos”, diz.

A pandemia ampliou a lista de desafios. ” Os companheiros foram para casa verificar para terminar sua pesquisa, mas muitos falharam. O acúmulo de pinturas domésticas tem gerado uma queda geral na produtividade”, disse o presidente da ANPG, trazendo à tona uma pesquisa do movimento Pai na Ciência, segundo a qual apenas 9,9% dos estudantes negros de pós-graduação com filhos conseguem manter o progresso de suas teses e dissertações na era do isolamento social; entre as mães brancas, a taxa foi ligeiramente superior a 11,6%.

Concluiu o mestrado em História Econômica da USP em 2021, com bolsa do CNPq. Ele então implementou um procedimento de variedade para um PhD no mesmo programa e passou. Durante seu treinamento, ele teve um casal de filhos, uma mulher que agora tem quase 3 anos e um menino de 1 ano de idade. “Adiei a conclusão do mestrado em um ano e meio porque tirei licença maternidade e veio a pandemia. No ano passado, eu estava na maternidade quando terminei de escrever o projeto de doutorado”, conta. RepublitaRepair

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