A crise cambial que elevou o dólar de R$ 2,37 em 1° de maio para cerca de R$ 3, atingiu em cheio a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Tida como modelo de agência de financiamento da ciência, a Fapesp, pela primeira vez, teve de suspender por tempo indeterminado a liberação de recursos destinados à importação de bens e serviços - como computadores e reagentes, por exemplo - para projetos de pesquisas, novos ou em vigência. Segundo o diretor científico da instituição, José Fernando Perez, a agência foi obrigada a tomar essa decisão porque muitos dos compromissos foram assumidos com o dólar em torno de R$ 2,50.
CRISE NA PESQUISA 2
A Fapesp não é a única agência às voltas com problemas financeiros. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) teve 45% do seu orçamento cortado pelo governo federal. Isso tem causado preocupação e revolta na comunidade científica. Para pressionar o governo, 670 pesquisadores de todo o país - representantes de sociedades científicas, universidades e instituições de pesquisa - liderados pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), assinaram um manifesto exigindo uma solução.
Notícia
O Tempo