Notícia

UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso

Crise na geração de recursos humanos (7 notícias)

Publicado em 07 de junho de 2022

O sistema brasileiro de pós-graduação sofreu um abalo durante a pandemia que é inédito em sua história. A rede de 4,6 mil programas de mestrado e doutorado, responsável por parte significativa da pesquisa feita no país e pela formação de profissionais de alta qualificação, foi parcialmente comprometida com a suspensão de atividades presenciais nas universidades durante a emergência sanitária. Em 2020, 20 mil pessoas receberam título de doutor no Brasil, 18% menos do que os 24,4 mil formados em 2019, de acordo com dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O número de novos mestres caiu quase 15% – de 54 mil em 2019 para 46 mil em 2020.

Os alunos que dependiam de experimentos de campo e do uso de laboratórios para levar adiante seus projetos foram mais afetados do que os que puderam trabalhar remotamente. Enquanto cursos de ciências biológicas tiveram queda de 29% nos formados, nos de ciências sociais aplicadas a contração foi de 10%. Essa brusca perda de fôlego interrompeu um ciclo virtuoso de crescimento que durava um quarto de século – em 1998, o país formava apenas 3,9 mil doutores e 12 mil mestres.

Dados preliminares apontam uma nova redução em 2021. É esperada alguma reação a partir deste ano, mas não há um consenso sobre a sua intensidade ou a viabilidade de retomar o ritmo de crescimento anterior. “A tendência é que venha uma recuperação lenta, uma vez que os efeitos da pandemia associados a políticas recentes de retração de apoio à ciência podem repercutir negativamente por um bom tempo”, afirma Renato Pedrosa, pesquisador do Departamento de Política Científica e Tecnológica da Universidade Estadual de Campinas (DPCT-Unicamp).

Reportagem completa em: https://revistapesquisa.FAPESP.br/crise-na-geracao-de-recursos-humanos/