Notícia

Gazeta Mercantil

CPqD trabalha para elevar potencial de transmissão no País

Publicado em 31 julho 1995

Por Por Ana Heloísa Ferrero - de Campinas
Vinte pesquisadores do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CPqD) da Telebrás, em Campinas (SP), estão trabalhando para agregar novos produtos ao amplificador óptico e elevar o potencial da rede de transmissão brasileira. A equipe, que já transferiu neste ano a tecnologia do ampliticador óptico a duas indústrias nacionais, espera fazer o mesmo dentro de mais um ano com esses novos produtos. Segundo os pesquisadores João Batista Rosolem - e Danilo César Dini, ao "agregar esses produtos ao já existente, as empresas nacionais terão o que eles denominam Sistema Integrado de Amplificação. "Como a demanda pela rede óptica existente hoje no País está aumentando consideravelmente, temos que oferecer novas tecnologias ao sistema para que este não se torne incompatível no futuro para os - Usuários", explicam. Entre os dispositivos em estudo estão o compensador de dispersão, o 'laser sintonizável e o Splitter. Todos esses produtos, conforme os pesquisadores, são trazidos - pelas empresas nacionais de telecomunicação de fabricantes estrangeiros, principalmente dos Estados Unidos e do Japão. "No entanto, estamos desenvolvendo produtos agregados para facilitar o uso final para essas empresas, o que deverá permitir um custo mais competitivo para o sistema de comunicação óptica", acreditam. O compensador de dispersão é uma fibra óptica que permite às fibras já instaladas a otimização desse novo sistema a ser implantado no Pafs. Já o laser sintonizável é um dispositivo que sintoniza a freqüência óptica. "O amplificador óptico tem um laser interno, que atualmente é inferior em potência ao que pretendemos desenvolver", garantem. O outro dispositivo em estudo, o Splitter, também é um componente óptico que distribuiu os sinais para os usuários, a partir da central ou do amplificador. Esse "kit" completo para agregar ao amplificador óptico, segundo os pesquisadores, apresenta uma demanda nacional bastante interessante -basta ver pela importação desses produtos. As principais aplicações, no entanto, seriam para empresas de TV a cabo e para a própria Telebrás, na implantação dos enlaces de fibra óptica para a comunicação na costa brasileira, onde a extensão é maior entre um usuário e outro (da ordem de 200 a 300 quilômetros). Os amplificadores ópticos, por exemplo, foram desenvolvidos pelo CPqD justamente para vencer a atenuação dos sinais ópticos em razão da longa distância entre um usuário e outro. Tal produto é o sucessor dos regeneradores eletroeletrônicos, usados na rede hoje.