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O imunizante SpiN-TEC contra a Covid-19 poderá ser a primeira vacina totalmente idealizada e produzida no Brasil. O imunizante, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A vacina já foi testada em animais e agora e agora aguarda autorização da Agência Nacional de Saúde (Anvisa) para iniciar os testes em humanos. A formula detalhada foi publicada na revista científica Nature Communications e divulgados na segunda-feira (29/8).
De acordo com o professor Ricardo Gazzinelli, do Instituto de Ciências Biológicas e um dos pesquisadores responsáveis pela SpiN-TEC, ao contrário das vacinas estrangeiras, o imunizante da UFMG pode ser mantido em temperatura ambiente, tem custo baixo e alta estabilidade.
De acordo com os pesquisadores, a vacina induz uma ótima resposta dos linfócitos-T contra as variantes tradicional e Ômicron, agindo contra várias partes do vírus, em vez de atingir apenas um de seus segmentos, como é o caso das vacinas atuais. Os linfócitos-T são células imunológicas que defendem o organismo contra ameaças virais.
Os pesquisadores esperam que o início dos testes em humanos comece em setembro. Gazzinelli afirma que a intenção é que o imunizante seja uma dose de reforço.
O pesquisador explica, que os voluntários do grupo-controle vão receber a vacina da AstraZeneca. Depois vamos comparar a produção de anticorpos neutralizantes, anticorpos totais contra o Sars-CoV-2 e a resposta de linfócitos T.
Vacina brasileira
Segundo divulgação da UFMG, a SpiN-TEC poderá ser a primeira vacina humana 100% desenvolvida e produzida no Brasil, e as tecnologias usadas podem ser adaptadas para vacinas que combatem outros agentes virais.
Existe apenas uma outra vacina contra a Covid-19 desenvolvida no Brasil, que utiliza a tecnologia de RNA mensageiro — na fórmula, o código genético do vírus dá instruções para que as células do corpo construam uma resposta viral e gerem anticorpos.
O imunizante já está na fase 1 de testes em humanos e está sendo desenvolvido na Bahia, pelo Senai Cimatec, em parceria com a empresa norte-americana HDT Bio Corp.
Com informações Metrópoles.
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